O trecho da liturgia de hoje está no final do
evangelho de João, onde é narrado o último diálogo de Pedro com o Senhor.
Neste momento tão decisivo, o que diz o Senhor
a Pedro? “Tu
amas-me mais do que a estes? Ama-me como podes, mas ama-me”. E é o que o
Senhor pede a todos nós. “Ama-me!”. Pois, o
primeiro passo no diálogo com o Senhor é o amor. Ele amou-nos primeiro, mas nós
devemos amá-lo: “Ama-me”.
Simão, confessou por três vezes o seu amor a
Jesus, reparando assim a tríplice negação ocorrida durante a Paixão. Pedro
ainda sente queimar dentro de si a ferida da desilusão que deu ao seu Senhor na
noite da traição. Agora que Ele lhe pergunta “tu amas-Me?”, Pedro não se fia de
si mesmo nem das próprias forças, mas entrega-se a Jesus e à sua misericórdia: “Senhor,
Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!” E aqui desaparece o
medo, a insegurança, a covardia.
Pedro experimentou que a fidelidade de Deus é
maior do que as nossas infidelidades, e mais forte do que as nossas negações.
Dá-se conta de que a fidelidade do Senhor afasta os nossos medos e ultrapassa
toda a imaginação humana.
Hoje, Jesus faz a mesma pergunta também a nós: “Tu
amas-Me?”. Fá-lo precisamente porque conhece os nossos medos e as nossas
fadigas. E Pedro indica-nos o caminho: fiarmo-nos d’Ele, que sabe tudo de nós,
confiando, não na nossa capacidade de Lhe ser fiel, mas na sua inabalável
fidelidade. Jesus nunca nos abandona, porque não pode negar-Se a Si mesmo. É
fiel. A fidelidade do Senhor para conosco mantém sempre aceso em nós o desejo
de O servir e de servir os irmãos na caridade.
Papa Francisco – 29 de junho de 2014
Hoje celebramos:
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