“Senhor, abre o meu coração para que eu possa
compreender o que nos ensinaste. Para que eu possa recordar as tuas palavras.
Para que eu possa seguir as tuas palavras. Para que eu possa chegar à verdade
plena." Eis a oração, a fazer nestes dias, que a liturgia nos faz escutar o
longo discurso de Jesus durante a Última Ceia em que anuncia aos seus o envio
do Espírito Santo.
Trata-se de um discurso no qual Jesus admoesta,
ensina, consola os discípulos e lhes dá esperança garantindo: “Estai
tranquilos, não vos deixarei órfãos”. Ainda um pouco de tempo e o mundo já não
me verá, mas vós não permanecereis órfãos, porque enviarei outro “advogado”
para vos defender diante do Pai. O primeiro advogado era ele, o próprio Cristo,
o grande advogado que perdoou todos os nossos pecados, que nos defende, na
Última Ceia fala de um segundo “advogado”. Com efeito, diz: enviar-vos-ei outro
que nos acompanhará, explicando que quando vier o Paráclito — ou seja, o
advogado, que é o Espírito Santo — que vos enviarei do Pai, o Espírito da
verdade que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.
Isto significa que somente o Espírito Santo nos
dá a segurança de ser salvos por Jesus; que só o Espírito Santo nos ensina a
dizer: “Jesus é o Senhor”. Ao passo que sem o Espírito, nenhum de nós é capaz
de o dizer, sentir, viver. Aliás, Jesus, noutros trechos deste longo discurso,
disse que o Espírito “vos conduzirá à verdade plena”, nos acompanhará rumo à
verdade plena. “Far-vos-á recordar tudo o que eu disse; ensinar-vos-á tudo”.
Por esta razão, o Espírito Santo é o companheiro de caminho de cada cristão e também
o companheiro de caminho da Igreja. E este é o dom que Jesus nos oferece.
Papa Francisco - 22 de maio de 2017
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