O Pai esteve sempre presente na vida de Jesus,
e Jesus falava sobre isto. Jesus anunciava o Pai. Falou muitas vezes do Pai que
cuida de nós, como cuida dos passarinhos, dos lírios do campo... o Pai. E
quando os discípulos queriam aprender a orar, Jesus ensinou-os a rezar ao
Pai: “Pai nosso”.
Ele dirige-se sempre ao Pai. Mas neste trecho é
muito forte; é como se abrisse as portas da onipotência da oração. “Em
verdade, em verdade vos digo: se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele
vo-la dará”.
Confiança no Pai: confiança no Pai, que é capaz de fazer
tudo. Esta coragem de rezar, porque rezar exige coragem! É preciso a mesma
coragem, a mesma franqueza para pregar: a mesma.
Pensemos no nosso pai Abraão, quando ele -
creio que se diz - “negociava” com Deus para salvar Sodoma: “E se houvesse
menos e menos e menos?...”. Realmente, ele sabia “negociar”. Mas sempre com
coragem: “Perdoa-me, Senhor, mas dá-me um desconto: um pouco menos, um pouco
menos...”. Sempre a coragem de lutar na oração, porque rezar é lutar: lutar
com Deus. E então, Moisés: as duas vezes que o Senhor quis destruir o povo e
fazê-lo líder de outro povo, Moisés disse: “Não!”. Disse não ao Pai! Com coragem!
Mas se fores e rezares assim – bem baixinho, sem
ousadia, timidamente - isto é falta de respeito! Orar é caminhar com Jesus
para o Pai que te dará tudo. Coragem na oração, franqueza na oração. A
mesma que é necessária para a pregação.
Papa Francisco – 10 de maio
de 2020
Hoje celebramos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário