sábado, 23 de maio de 2020

23 de maio - Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará. Jo 16,23


O Pai esteve sempre presente na vida de Jesus, e Jesus falava sobre isto. Jesus anunciava o Pai. Falou muitas vezes do Pai que cuida de nós, como cuida dos passarinhos, dos lírios do campo... o Pai. E quando os discípulos queriam aprender a orar, Jesus ensinou-os a rezar ao Pai: “Pai nosso”.

Ele dirige-se sempre ao Pai. Mas neste trecho é muito forte; é como se abrisse as portas da onipotência da oração. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará”. 
Confiança no Pai: confiança no Pai, que é capaz de fazer tudo. Esta coragem de rezar, porque rezar exige coragem! É preciso a mesma coragem, a mesma franqueza para pregar: a mesma.

Pensemos no nosso pai Abraão, quando ele - creio que se diz - “negociava” com Deus para salvar Sodoma: “E se houvesse menos e menos e menos?...”. Realmente, ele sabia “negociar”. Mas sempre com coragem: “Perdoa-me, Senhor, mas dá-me um desconto: um pouco menos, um pouco menos...”. Sempre a coragem de lutar na oração, porque rezar é lutar: lutar com Deus. E então, Moisés: as duas vezes que o Senhor quis destruir o povo e fazê-lo líder de outro povo, Moisés disse: “Não!”. Disse não ao Pai! Com coragem! 

Mas se fores e rezares assim – bem baixinho, sem ousadia, timidamente - isto é falta de respeito! Orar é caminhar com Jesus para o Pai que te dará tudo. Coragem na oração, franqueza na oração. A mesma que é necessária para a pregação.

Papa Francisco – 10 de maio de 2020

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