terça-feira, 26 de novembro de 2019

26 de novembro - Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ Lc 21,8


Hoje Jesus nos diz que quase tudo passará: quase tudo, mas não tudo. Ele explica que, a desmoronar-se, a passar são as coisas penúltimas, não as últimas: o templo, não Deus; os reinos e as vicissitudes da humanidade, não o homem. Passam as coisas penúltimas, que muitas vezes parecem definitivas, mas não são. São realidades grandiosas, como os nossos templos, e pavorosas, como terremotos, sinais no céu e guerras na terra: aos nossos olhos parecem acontecimentos de primeira página, mas o Senhor coloca-os na segunda página.
Na primeira, resta o que não passará jamais: o Deus vivo, infinitamente maior do que qualquer templo que Lhe construamos, e o homem, o nosso próximo, que vale mais do que dizem todas as crónicas do mundo. Então, para nos ajudar a compreender aquilo que conta na vida, Jesus acautela-nos de duas tentações.

A primeira é a tentação da pressa, do imediatamente. Para Jesus, não é preciso ir atrás daqueles que dizem que o fim chega imediatamente, que o tempo está próximo. Por outras palavras, não se devem seguir aqueles que difundem alarmismos e alimentam o medo do outro e do futuro, porque o medo paralisa o coração e a mente.

Há um segundo engano de que nos quer desviar Jesus, quando afirma: Muitos virão em meu nome, dizendo “sou eu”. (…) Não os sigais. É a tentação do eu. Ora o cristão, dado que não procura o imediato, mas o sempre, não é um discípulo do eu, mas do tu. Isto é, não segue as sereias dos seus caprichos, mas a solicitação do amor, a voz de Jesus. E como se distingue a voz de Jesus? Muitos virão em meu nome: diz o Senhor. Mas não devemos segui-los. Não é suficiente ter o rótulo de cristão ou de católico para ser de Jesus. É preciso falar a mesma linguagem de Jesus: a linguagem do amor, a linguagem do tu. Não fala a linguagem de Jesus quem diz eu, mas quem sai do próprio eu. 

Papa Francisco – 17 de novembro de 2019

Hoje celebramos:

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