A Solenidade de Todos os Santos é uma ocasião
propícia para elevar o olhar das realidades terrenas, cadenciadas pelo tempo,
para a dimensão de Deus, a dimensão da eternidade e da santidade. A Liturgia de
hoje nos recorda que a santidade é a vocação originária de cada batizado.
Cristo, com efeito, que com o Pai e com o
Espírito é o único Santo, amou a Igreja como sua esposa e entregou-se por ela,
com a finalidade de a santificar. Por este motivo, todos os membros do Povo de
Deus são chamados a tornar-se santos, segundo a afirmação do apóstolo Paulo: “Esta
é a vontade de Deus: a vossa santificação” (ITs 4, 3).
Portanto, somos convidados a olhar para a
Igreja não no seu aspecto apenas temporal e humano, marcado pela fragilidade,
mas como Cristo a quis, ou seja, comunhão dos santos.
No Credo professamos a Igreja santa,
santa porque é o Corpo de Cristo, é instrumento de participação nos santos
Mistérios — em primeiro lugar, a Eucaristia — e família dos Santos, a cuja
salvaguarda somos confiados no dia do Batismo.
Hoje veneramos precisamente esta inumerável
comunidade de Todos os Santos que, através dos seus diferentes percursos de
vida, nos indicam vários caminhos de santidade, associados por um único
denominador comum: seguir Cristo e conformar-se com Ele, fim último da nossa
vicissitude humana. Com efeito, todas as condições de vida podem tornar-se,
mediante a obra da graça e com o compromisso e a perseverança de cada um,
caminhos de santificação.
Papa Bento XVI – 01 de
novembro de 2011
Como dizia São João Paulo II, estes dias ‘nos
convidam a dirigir o olhar ao Céu, destino da nossa peregrinação terrena. Lá
nos espera a festiva comunidade dos Santos. Lá nos reencontraremos com os
nossos queridos defuntos’, pelos quais agora se eleva a nossa oração. Vivemos o
mistério da comunhão dos santos com a esperança que brota da ressureição do
Senhor, nosso Jesus Cristo.
Papa Francisco – 30 de
outubro de 2019
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