Hoje comemoramos todos os fiéis defuntos, que
"nos precederam com o sinal da fé e dormem o sono da paz".
É muito importante que nós cristãos vivamos a
relação com os defuntos na verdade da fé, e olhemos para a morte e para o além
à luz da Revelação. Já o apóstolo Paulo, escrevendo às primeiras comunidades,
exortava os fiéis a "não estar tristes como os outros que não têm
esperança". É necessário também hoje evangelizar a realidade da morte
e da vida eterna, realidades particularmente sujeitas a crenças supersticiosas
e a sincretismos, para que a verdade cristã não corra o risco de se misturar
com mitologias de vários tipos.
A fé cristã é também para os homens de hoje uma
esperança que transforma e ampara a sua vida?
E mais radicalmente: os homens e as
mulheres desta nossa época ainda desejam a vida eterna? Ou tornou-se,
porventura, a existência terrena o seu único horizonte?
Todos queremos a "vida
bem-aventurada", a felicidade, queremos ser felizes. Não sabemos bem o que
seja e como seja, mas sentimo-nos atraídos por ela. Esta é uma esperança
universal, comum aos homens de todos os tempos e lugares. Vida Eterna é a plenitude de vida e de alegria: é
isto que esperamos e aguardamos do nosso ser com Cristo.
Renovamos hoje a esperança da vida eterna
fundada realmente na morte e ressurreição de Cristo. "Ressuscitei e
agora estou sempre contigo", diz o Senhor.
Mas a esperança cristã não é apenas individual,
é sempre também esperança para os outros.
Assim a oração de uma alma peregrina no mundo
pode ajudar outra alma que se está a purificar depois da morte. Eis por que
hoje a Igreja nos convida a rezar pelos nossos queridos defuntos e a visitar os
seus túmulos nos cemitérios. Maria, estrela da esperança, torne mais forte e
autêntica a nossa fé na vida eterna e ampare a nossa oração de sufrágio pelos
irmãos defuntos.
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