Jesus nos conta a parábola, de um homem que
ofereceu um grande jantar e convidou muitas pessoas. Mas os primeiros
convidados não quiseram ir ao jantar, não se importavam com o jantar nem com as
pessoas que lá estariam, nem com o Senhor que os convidava: eles importavam-se
com outras coisas.
E de fato um a um começaram a desculpar-se, cada
um tinha o próprio interesse mais importante que o convite. O fato é que eles
estavam apegados ao interesse: o que posso lucrar? Portanto, a um convite
gratuito a resposta foi: Não me importa, talvez outro dia, estou muito ocupado,
não posso ir. Ocupado, mas com os próprios interesses.
Estas pessoas estão apegadas ao interesse a tal
ponto que caem numa escravidão do espírito e são incapazes de entender a gratuidade
do convite. Com efeito, a iniciativa de Deus é sempre gratuita: para ir a este
banquete quanto devo pagar? O ingresso é ser doente, pobre, pecador.
Precisamente este é o ingresso: ser carente tanto no corpo como na alma. E por
carente, entende-se precisar de cuidado, de cura, de amor.
O fato é que não compreende a gratuidade da
salvação, pensa que ela é fruto do “eu pago e tu salvas-me”: pago com isto, com
aquilo. Mas não, a salvação é gratuita. E se não entras nessa dinâmica da
gratuidade nada compreenderás.
A salvação é um dom de Deus ao qual se responde
com outro dom, o dom do meu coração. Contudo, há quem tem outros interesses,
quando ouve falar dos dons: “Sim, é verdade, mas devo oferecer dons”. E
imediatamente pensam: “Eis, oferecerei este dom e ele amanhã ou depois de
amanhã, noutra ocasião, oferecer-me-á outro também”. Assim há sempre a
retribuição. Porém o Senhor nada pede em troca: só amor, fidelidade, como ele é
amor e é fiel. Porque a salvação não se compra, simplesmente entra-se no
banquete: “Feliz daquele que se sentar à mesa no Reino de Deus!”. Esta «é a
salvação.
Papa Francisco – 07 de novembro
de 2017
Hoje celebramos:
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