quinta-feira, 1 de novembro de 2018

01 de novembro - Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Lc 13,34


Hoje ficamos com a imagem de Jesus em lágrimas às portas de Jerusalém. Ele chorou diante da cidade, perante o seu fechamento.
O que leva Jesus a chorar é o fechamento do coração da cidade, do povo eleito, que não tinha tempo para lhe abrir a porta porque vivia muito ocupada, satisfeita consigo mesma. E ainda hoje Jesus continua a bater à porta, como bateu à porta do coração de Jerusalém: à porta dos seus irmãos e irmãs, do nosso coração, da sua Igreja. Na realidade, Jerusalém sentia-se feliz com a sua vida e não precisava do Senhor, da sua salvação. Por isso, fechou o seu coração ao Senhor. E o Senhor chora diante de Jerusalém, como fez perante o sepulcro fechado do seu amigo Lázaro. Jerusalém estava morta.

O pranto de Jesus sobre a cidade eleita é o seu choro sobre a Igreja, sobre nós. Mas por que motivo Jerusalém não recebeu o Senhor? Porque se sentia tranquila com o que possuía, não queria problemas. Assim, diante das suas portas Jesus exclama: Se também tu, pelo menos neste dia que te é dado, conhecesses o que te pode trazer a paz! Mas isto está oculto aos teus olhos. A cidade tinha medo de ser visitada pelo Senhor, temia a gratuidade da visita do Senhor. Sentia-se segura daquilo que ela mesma podia gerir.

Naquela época Jerusalém vivia tranquila e feliz; o templo funcionava, os sacerdotes ofereciam os sacrifícios, os fiéis faziam peregrinações, os doutores da lei organizavam tudo: todos os mandamentos eram claros. No entanto, mantinha a porta fechada.
Hoje nós cristãos, que conhecemos a fé, o catecismo, vamos à missa todos os domingos, nós cristãos, pastores, estamos felizes conosco?

Corremos o risco de nos sentirmos satisfeitos, pois temos tudo organizado, não precisamos de novas visitas do Senhor. Mas Jesus continua a bater à porta de cada um de nós, da sua Igreja, dos pastores da Igreja. E se a porta do nosso coração, da Igreja, dos pastores, não se abre, o Senhor chora até hoje, como fez diante de Jerusalém. Jesus contempla a cidade e chora porque ela não abre a porta, porque tem medo das suas surpresas. Pensemos em nós: como vivemos este momento diante de Deus?

Papa Francisco – 20 de novembro de 2014

Hoje celebramos:



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