segunda-feira, 10 de setembro de 2018

10 de setembro - O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca? Lc 6,9


Jesus cura no dia de sábado um homem que tinha a mão direita paralisada. Porém, a pregação e o modo de agir de Jesus não agradavam os doutores da lei. E por esta razão os escribas e os fariseus observavam-no para ver o que ele fazia: espiavam-no para ver porque no seu coração tinham más intenções. Assim depois de Jesus ter aberto o diálogo, e perguntado se é lícito fazer o bem ou o mal no dia de sábado, eles não falam, ficam calados. Lucas narra que, depois do milagre realizado pelo Senhor, eles, fora de si pela cólera, puseram-se a debater entre eles sobre o que poderiam ter feito a Jesus.

Numa palavra, começaram a raciocinar sobre o que fazer para matar o Senhor. E muitas vezes no Evangelho repete-se esta cena. Portanto, estes doutores da lei não têm uma atitude como esta: não estamos de acordo, falemos. Mas, neles prevalece a cólera: não podem dominá-la e começam a perseguir Jesus, até à morte.

Desde os primeiros dias a Igreja é perseguida. Mas até quando o será? Certamente, até hoje. Com efeito, também hoje muitos cristãos, talvez mais do que nos primeiros tempos, são perseguidos, assassinados, expulsos, despojados por serem cristãos.

Não há cristianismo sem perseguição. Façamos memória da última das bem-aventuranças: quando vos levarem às sinagogas, vos perseguirem e insultarem: este é o destino do cristão. Mais ainda: Hoje, diante deste fato que acontece no mundo, com o silêncio cúmplice de muitas potências que podiam detê-lo, estamos diante deste destino cristão: ir pelo mesmo caminho de Jesus.

Nós hoje nos jornais sentimos horror por aquilo que fazem alguns grupos terroristas, que degolam as pessoas somente por serem cristãs. Precisamente hoje, o Evangelho nos narra onde começou esta história: com Jesus. E o que fizeram com Jesus, durante a história foi feito com o seu corpo, que é a Igreja.
O Senhor hoje faz-nos sentir, no corpo da Igreja, o amor pelos nossos mártires e também a nossa vocação ao martírio. Nós não sabemos o que acontecerá aqui: não o sabemos! Mas, que o Senhor nos dê a graça, se um dia acontecer esta perseguição aqui, a coragem do testemunho que tiveram todos estes cristãos mártires.
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Papa Francisco – 07 de setembro de 2015

Hoje celebramos:


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