sábado, 8 de setembro de 2018

08 de setembro - Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó... Mt 1,1-16

Quando proclamamos este trecho do Evangelho na liturgia, não é raro sentir um certo embaraço. Alguns consideram esta leitura um exercício sem significado, quase uma repetição enfadonha. Outros o leem velozmente, ficando incompreensível, outros ainda o abreviam, pulando alguns trechos.

Para mim, a recordação dos nossos antepassados tem um grande valor. Eu mesmo sei os nomes de quinze gerações de meus antepassados, desde 1698, quando minha família recebeu o santo Batismo.

Por meio da genealogia damo-nos conta de que pertencemos a uma história que é maior do que nós. E colhemos o sentido de nossa própria história com maior certeza da verdade.

Por isso, agradeço à Igreja, nossa Mãe, que pelo menos duas vezes por ano, no tempo do Advento e na festa da Natividade de Maria, faz ressoar em nossas assembleias, espalhadas por todo o mundo católico, os nomes de muitos personagens significativos que tiveram – segundo um misterioso desígnio divino – uma importante missão na história da salvação e na vida do Povo de Israel.

O desconcertante mistério da escolha, por parte de Deus, dos antepassados do Messias, ilumina o mistério da nossa vocação.

“Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” Jo 15,18. Não fomos escolhidos por causa de nossos méritos, mas unicamente por causa da misericórdia de Deus.
“Eu te amei com um amor eterno” Jr 31,3. Esta é a nossa segurança.
“Desde o seio materno o Senhor me chamou” Is 49,1. É esta a nossa vantagem: saber que fomos chamados e escolhidos por amor.

Cardeal François X. N. Van Thuan – Testemunhas da Esperança

Hoje celebramos:


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