sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

12 de janeiro - Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. Mc 2,3

"Apresentaram-Lhe um paralítico". São Mateus diz simplesmente que esse paralítico foi levado a Jesus. Outros evangelistas narram que foi descido por uma abertura no teto e apresentado ao Salvador sem nada pedir, deixando que fosse Ele a decidir sobre a cura.
O evangelho diz: «Vendo Jesus a fé deles», isto é, dos que Lhe levaram o paralítico. Reparai que, algumas vezes, Cristo não faz caso nenhum da fé do doente: talvez ele seja incapaz dela, por estar inconsciente ou possuído por um espírito mau. Mas este paralítico tinha uma grande confiança em Jesus; de outra forma, como teria permitido que o descessem até Ele? Cristo responde a essa confiança com um prodígio extraordinário. Com o poder do próprio Deus, perdoa os pecados a esse homem. Mostra assim ser igual ao Pai, verdade que já tinha mostrado quando dissera ao leproso: «Quero, fica purificado!»  (Mt 8,3), quando, com uma só palavra, tinha acalmado o mar em fúria (Mt 8,26), ou quando, como Deus, tinha expulsado os demônios, que reconheciam n’Ele o seu soberano e o seu juiz (Mt 8,32). Ora, aqui Ele mostra aos Seus adversários, para seu grande espanto, que é igual ao Pai.
E o Salvador mostra também, mais uma vez, que rejeita tudo o que é espetacular ou fonte de glória vã. A multidão pressiona-O de todos os lados, mas Ele não tem pressa em fazer um milagre visível, curando a paralisia exterior desse homem. Começa por fazer um milagre invisível, curando-lhe a alma. Essa cura é infinitamente mais vantajosa para o homem — e, na aparência, menos gloriosa para Cristo.
São João Crisóstomo - século V

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