quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

03 de janeiro - Santa Genoveva

Padroeira da Franca, invocada como protetora nas horas de calamidade e perseguição, Santa Genoveva nasceu em 422, em Nanterre, perto de Paris, na França. Era filha de Sebero e Gerônica, uma família cristã, onde recebeu educação esmerada na fé.

Quando Genoveva tinha 8 anos, um fato marcou sua vida: São Germano, bispo de Auxerre, também na França, passou por Nanterre quando viajava rumo à Inglaterra para levar Cristo para os pagãos e derrubar uma heresia que crescia por lá.

A multidão de Nanterre parou para ver o bispo santo e pedir suas bênçãos. Foi então, que São Germano olhou para os pais de Genoveva e disse: Feliz de vós que tendes esta menina! Ela será grande perante Deus e, atraídos por sua virtude, muitos pecadores abandonarão o pecado e seguiram a Jesus Cristo.

Em seguida, Germano deu uma cruz de presente a Santa Genoveva e disse para ela não se iludir com ouro e joias, porque senão ela não alcançaria a beleza eterna. Genoveva guardou essas palavras em seu coração e prometeu ao bispo que seguiria firme na Igreja.

Genoveva crescia em oração e santidade. Certo dia quando sua mãe estava indo para a igreja, Genoveva queria ir, mas sua mãe não deixou, ela então insistiu: Mãe, com a graça de Deus, quero cumprir a palavra que dei ao Bispo Germano, de ir à igreja para merecer a honra que ele me prometeu. Sua mãe ficou brava e lhe deu um tapa no rosto. Então, sua mãe ficou cega imediatamente, permanecendo assim por 21 meses.
Passados 21 meses, Genoveva, durante um momento de oração, sentiu que deveria agir em favor de sua mãe. Assim, obedecendo à inspiração, ela tirou a água da fonte, como sempre fazia, benzeu com o sinal da cruz, passou nos olhos de sua mãe e esta recuperou a visão, não apenas física, como também a visão espiritual.

Aos 15 anos formou, com um grupo de amigas, uma associação de mulheres dedicadas ao apostolado e em ajudar aos pobres. Não eram religiosas mas viviam muito em santidade em sua casa ou no local de trabalho, ajudando no templo ou no serviço aos mais necessitados.

Quando Genoveva tinha 28 anos, Átila, o rei dos Unos, estava prestes a invadir Paris com seu poderoso exército. O povo, ao saber disso, se desesperava e preparava-se para fugir. Santa Genoveva, após muitas orações, reuniu o povo amedrontado e disse: Que os homens fujam se quiserem, se não são capazes de lutar mais. Nós, as mulheres, rogaremos tanto a Deus, que Ele ouvirá nossas súplicas.
Mediante este desafio de fé os homens parisienses, mesmo em desvantagem, resolveram resistir ao invasor. Átila, porém, afastou-se misteriosamente. Até hoje não se sabe exatamente porque Átila desistiu da invasão. Desse momento em diante todos passaram a enxergar em Santa Genoveva uma grande alma, uma grande líder a quem o povo recorria sempre em suas necessidades.

Mais tarde, quando a cidade mergulhava na fome e na escassez, Genoveva exortou a população agrícola a socorrer os moradores urbanos, salvando milhares da morte. Por isso é invocada sempre que a capital francesa passa por calamidades e não tem recusado proteção, segundo seus devotos.

Sua atuação na política também livrou muitos da cadeia e da perseguição, pois interferia frequentemente junto ao Rei Clóvis, conseguindo anistia aos prisioneiros políticos

Santa Genoveva liderou a construção de uma igreja sobre o túmulo de São Dionísio, primeiro bispo de Paris e mártir. Esta igreja se transformou depois na Abadia de Saint Denis, onde foram enterrados os reis da França. Posteriormente, Santa Genoveva intercedeu junto ao Rei Clóvis e conseguiu que este construísse uma igreja dedicada a São Pedro e São Paulo.

Santa Genoveva faleceu em 3 de janeiro de 502, aos 89 anos. Foi enterrada na igreja dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, que ela ajudou a construir.

No ano de 1130, apareceu uma peste em Paris, a peste do fogo, causando muitas mortes e mais de 1.400 doentes. Então o povo se uniu, começou a rezar para Santa Genoveva e fez uma procissão com suas relíquias pela cidade. Milagrosamente a epidemia acabou. Genoveva, por estes e outros milagres foi considerada, e é até hoje, a Padroeira de Paris. O Papa Inocêncio ll, marcou sua festa e seu culto para o dia 3 de janeiro.

As relíquias de Santa Genoveva foram queimadas no ano de 1793 pelos líderes da revolução francesa. A igreja dedicada a ela foi transformada em panteão onde os líderes da tal revolução francesa foram enterrados. Seu túmulo foi reconstruído com suas relíquias na igreja de Santo Estevão do Monte.

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