domingo, 14 de janeiro de 2018

14 de janeiro - Beata Alfonsa Clerici

Tenho o prazer de recordar que ontem foi proclamado em Vercelli, Beata a Irmã Alfonsa Clerici, da Congregação do Precioso Sangue, em Monza, que nasceu em Lainate, perto de Milão, em 1860, e morreu em Vercelli em 1930. Agradecemos a Deus por essa irmã nossa, que ele conduziu à caridade perfeita.
Papa Bento XVI – 24 de outubro de 2010

O compromisso da irmã Alfonsa Clerici com seus alunos ia além de uma “assistência piedosa”. O amor e a entrega a cada um deles se traduz em “propostas e iniciativas de todo tipo, no plano religioso, espiritual e cultural, para sua autêntica e mais completa promoção humana e cristã”. Assim testemunhou uma de suas alunas durante o processo de beatificação.

Alfonsa nasceu em Linate, a 14 de fevereiro de 1860. Aos 15 anos, entrou no colégio das Irmãs do Preciosíssimo Sangue, em Monza. Em 1879, obteve o diploma superior e começou a lecionar na escola pública de Linate.

Aos 23 anos, ingressou na comunidade do colégio onde estudou: “Eu tenho a honra de levar o nome de Irmã do Preciosíssimo Sangue”, escreveu a religiosa quando emitiu seus votos temporários.
A congregação a que pertenceu a irmã Alfonsa tem o carisma da vida comunitária intensa, assim como da educação, na qual ressalta a seus alunos a dignidade como filhos de Deus. Também se dedicam à assistência aos enfermos e à promoção da mulher. Atualmente se encontram na Itália, Brasil, Quênia, Timor Leste e Mianmar.

Após emitir seus votos, irmã Alfonsa lecionou no colégio onde estudou. Ali também foi diretora, de 1898 a 1907. O principal desafio que enfrentou foi a solução de uma grande crise econômica que seu instituto sofreu.
A irmã Alfonsa foi chamada em 1911 para dirigir o colégio Retiro da Providência, localizado em Vercelli. Tratava-se de um instituto de acolhimento de pessoas órfãs que viviam em situação familiar difícil.

Sua santidade foi se consolidando em pequenas ações de caridade que tinha com seus alunos e com as pessoas mais necessitadas que chegavam a este instituto.

“Muitos pobres e aflitos iam diariamente ao Instituto para obter um pedaço de pão ou uma vestimenta e, sobretudo, um pouco de amor, que a irmã Alfonsa sabia dar com alegria. Ninguém ficou desapontado, todos receberam algo dela, seja material ou espiritual”.

Irmã Santina conta que um dia, durante a Primeira Guerra Mundial, um soldado foi lhe pedir dinheiro. Irmã Alfonsa só tinha a quantia exata para comprar uma lâmpada para o Santíssimo. Ela lhe disse que não podia ajudar economicamente, mas, à noite, não conseguiu dormir e decidiu dar esse dinheiro ao soldado. No dia seguinte, uma condessa foi visita-lá e lhe dar uma oferenda.

Em janeiro de 1930, Irmã Alfonsa sofreu uma forte hemorragia cerebral enquanto orava com sua habitual posição com a cabeça no solo. Assim foi encontrada. Morreu no dia seguinte.

"Jesus, basta-me tua pequena Hóstia para toda a eternidade. Se me fosse concedido ver Tua grandeza e bondade sob forma visível, eu não seria capaz de o suportar".


"Ó minha pequena Hóstia, Tu és maior que o universo inteiro, mas poderosa que os elementos do céu e da terra. És Homem-Deus e em Ti se encontram todos os atributos divinos. Ó Santa Hóstia, Tu és minha e eu sou toda Tua. Anseio tanto o momento em que sairás do Tabernáculo para vir em meu coração."

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