Elesbão era rei da Etiópia, onde reinou no
período de 495 a 531. Segundo a tradição, era descendente do Rei Salomão e da
Rainha de Sabá. Sua vida está ligada à história dos mártires de Nagran no ano de
523, uma cidade localizada no que é o atual Iemen.
Nessa localidade houve uma revolta contra o
príncipe cristão Aretas, e ele, sua esposa e quatro filhas, assim como centenas
de outros cristãos, foram martirizados pelo rei judeu Dunnas. Diante do
assassínio da família real, por motivações religiosas, os bispos da região
imploraram ao rei de Axum, Elesbão que fizesse justiça aos mártires e trouxesse
nova ordem à cidade.
Cumprindo seu dever de rei, Elesbão conquistou
Nagran e desbaratou todos os inimigos, tomando posse até mesmo da fortaleza
onde estavam instalados. Venceu a guerra contra Dunaas, possivelmente em
524/525, restabelecendo a fé e colocando no trono do reino de Dunaas um rei
cristão, Esimifeu
Após sua vitória Elesbão continuou à frente de
seu reino ainda por um bom tempo. No entanto, sentindo que Deus o chamava a se
dedicar mais à oração, abdicou em favor de seu filho, repartiu sua riqueza
entre os pobres e doou sua coroa à igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém.
Seus últimos anos de vida, os transcorreu
vivendo como um eremita na cidade santa. Aí morreu por volta do ano 555.
No Brasil, o culto a Santo Elesbão foi muito
comum e popular entre os escravos negros, que se identificavam com a figura
desse rei negro etíope.
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