sábado, 30 de novembro de 2019

30 de novembro - Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. Mt 4,20


A página evangélica narra o início da pregação de Jesus na Galileia. Ele deixa Nazaré, uma aldeia situada nos montes, e estabelece-se em Cafarnaum, importante centro nas margens do lago, habitado essencialmente por pagãos, ponto de cruzamento entre o Mediterrâneo e o interior da Mesopotâmia. Esta escolha indica que os destinatários da sua pregação não são apenas os seus conterrâneos, mas quantos desembarcam na cosmopolita Galileia das gentes: assim se chamava. Vista da capital Jerusalém, aquela terra é geograficamente periférica e religiosamente impura, porque estava cheia de pagãos, por causa da mistura com os que não pertenciam a Israel. Da Galileia não se esperavam certamente grandes coisas para a história da salvação. No entanto, precisamente dali se espalha a “luz” de Cristo. Difunde-se precisamente da periferia.

A mensagem de Jesus imita a do Batista, anunciando o reino dos céus. Este reino não comporta a instauração de um novo poder político, mas o cumprimento da aliança entre Deus e o seu povo que inaugurará uma época de paz e de justiça.
Para realizar este pacto de aliança com Deus, cada um está chamado a converter-se, transformando a sua maneira de pensar e de viver. Isto é importante: converter-se não significa só mudar o modo de viver, mas também a forma de pensar. Não se trata de mudar de roupa, mas de costumes.

O que diferencia Jesus de João Batista é o estilo e o método, Jesus não fica à espera das pessoas, mas vai ao seu encontro. Jesus está sempre na rua! As suas primeiras saídas missionárias dão-se ao longo das margens do lago de Galileia, em contato com a multidão, sobretudo com os pescadores. Ali Jesus não só proclama a vinda do reino de Deus, mas procura companheiros para a sua missão de salvação. Neste mesmo lugar encontra dois pares de irmãos: Simão e André, Tiago e João; chama-os dizendo: Segui-me, e far-vos-ei pescadores de homens. O chamado alcança-os no auge das suas atividades diárias: o Senhor revela-se a nós não de forma extraordinária ou sensacional, mas no cotidiano das nossas vidas. Ali devemos encontrar o Senhor; e ali Ele revela-se, faz sentir ao nosso coração o seu amor; e ali muda o nosso coração.
A resposta dos quatro pescadores é imediata e pronta: No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram.
Papa Francisco - 22 de janeiro de 2017

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