Abade
camaldulense, Ambrósio Traversari foi um monge humanista, Legado Pontifício e
padre conciliar.
Como
abade, procurou reformar sua ordem; foi amigo e sustentou a atividade do famoso
Cósimo de Médici. Nasceu em Pórtico, perto de Florença, em 16 de setembro de
1386, numa família da Toscana e tornou-se monge camaldulense com apenas 14 anos
de idade.
Era
uma época extremamente fértil: os artistas renascentistas começavam suas
atividades e aos poucos iam imprimindo uma nova identidade para a Itália
medieval.
Ambrósio
teve como companheiro de vocação o dominicano Giovanni da Fiesole, mais
conhecido como o Beato Fra Angélico, um dos grandes pintores da época.
Ambrósio
respirava o ar da nova cultura que se formava e começou a estudar com afinco os
idiomas antigos (grego, latim e hebraico). Dava aulas para os mais jovens,
tanto religiosos como leigos, chegando a ensinar para o famoso humanista Poggio
Bracciolini.
Sua
cela era ponto de encontro de vários estudiosos famosos de seu tempo. Era tido
por todos como religioso sério, possuidor de um caráter afável e bondoso. Dados
os dons que havia recebido da Divina Providência, o Beato Ambrósio desempenhou
diversos encargos, chegando a ser nomeado Padre Geral de sua Ordem.
Sua
erudição e sua prudência o levaram se tornar Legado Pontifício no Concílio de
Basileia onde defendeu fortemente o primado do pontífice romano e ordenou que o
Conselho não dividisse o manto sem costura de Cristo, mais tarde, padre
conciliar no Concílio de Ferrara, momento em que se chegou a celebrar a união
entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente no ano de 1439.
Apesar
de seu empenho e de seu sucesso nesse evento, o Bem-aventurado não pôde
comemorar muito, já que logo em seguida faleceu em 21 de outubro de 1439,
quando estava no auge de sua fama como humanista douto.
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