Em
Verona, foi proclamada Beata Leopoldina Naudet, fundadora das Irmãs da Sagrada
Família. Cresceu na corte de Habsburgo, primeiro em Florença e depois em Viena,
e desde da meninice teve uma forte vocação para a oração, mas também para o
serviço educativo. Consagrou-se a Deus e, através de várias experiências,
conseguiu formar em Verona uma nova comunidade religiosa, sob a proteção da
Sagrada Família, ainda hoje viva na Igreja. Unamo-nos à sua alegria e à sua
ação de graças!
Papa Francisco – 30 de abril de 2017
Leopoldina Naudet
nasceu em Florença 31 maio de 1773 filha de pai francês e de mãe alemã,
ambos a serviço dos arque-duques de Lorena. Aos três
anos, Leopoldina fica órfã da mãe e, em 1778, quando tinha cinco
anos, foi enviada ao mosteiro do Castelo de São Frediano do convento
de S. José.
Em
1783, foi para a França, a fim continuar os estudos e terminar sua
instrução. Em 1789 retornou a Florença, ocasião em que faleceu também o
pai. Nisso, foi convidada a prestar serviços de camareira junto à
corte do arque-duque Leopoldo, junto ao Palácio de
Pittia, dirigiu a instrução dos filhos do grão-duque e
quando este tornou-se imperador de Hagsbourg em 1790, acompanhou-o à
Viena. Não se deixou atrair pela vida mundana que se levava,
apesar do meio em que vivia.
Em 1792 , com a
morte do imperador Leopoldo, passou ao serviço direto da arque-duquesa
Maria Ana Fernanda, irmã do novo imperador Francesco II e quando foi nomeada
abadessa do canonicato de São George de Praga, seguiram à nova residência real
na Tchecoslováquia; os piedosos ambientes criados pela arque-duquesa,
favoreceram um desejo íntimo de viver uma vida mais religiosa.
Persuadida por
seu pai espiritual, Lepoldina passou a amadurecer
um projeto de uma fundação feminina com objetivos
educativos, que teve o apoio e empenho direto da arque-duquesa
Maria Fernanda e do pai Nicolau Paccanari.
Em 31 de
maio de 1799, aderiu com mais duas mulheres e fez consagração
temporária, que Leopoldina Naudet renovou uma semana depois, em votos
perpétuos. Com o objetivo de obter aprovação do novo Instituto,
retornaram à Viena para prosseguir para a Itália; em 1800 tiveram um
encontro pessoal com o Papa Pio VII, em Pádua, tendo ele as
encorajado a prosseguir nos trabalhos; assim deslocaram-se por diversas cidade
italianas e chegando à Roma em fevereiro de 1801, foi erguida uma
Comunidade, onde Leopoldina foi nomeada superiora.
Sua iniciativa foi
levada para outras casas na França e na a Inglaterra, mas o grupo, de forma
promissora, dividiu-se, por casas ligadas ao pai Paccanari, em dois ramos: um
francês designado Congregação das Senhoras Consagrado do Coração e outro
italiano, guiado por Leopoldina Naudet.
Em
1805, passou a manter contatos com Santa Madalena de
Canossa, que desenvolvia, na Casa de São José, uma obra dedicada ao
ensino das classes mais pobres, e que
tinha por diretor espiritual São Gaspar
Bertoni, fundador da Ordem dos Estigmatinos. Leopoldina acabou
aderindo, com o grupo restante, à esta iniciativa
da Marquesa de Canossa, tendo permanecido como fiel
colaboradora por um período de oito anos.
O
encontro com São Gaspar Bertoni, no entanto, despertou em
Lepoldina atingir as cimeiras da perfeição, num espírito
do mais puro abandono em Deus. Foi sob a
direção, orientação e preparo para seu crescimento espiritual, que São Gaspar
Bertoni muito incentivou Leopoldina a fundar uma congregação de
religiosas.
No ano de
1816, Leopoldina deixou Canossa, e com seu
grupo, estabeleceu-se em Verona, onde teve início a Congregação das Irmãs da Sagrada
Família, cujos membros firmavam votos monásticos,
vivendo em clausura, porém, abertas ao apostolado educativo
das moças nobres que viviam como internas no convento, mas que
estudavam em escolas externas.
No ano de
1833, foi obtida aprovação do Instituto pelo Papa Gregório
XVI. A mãe fundadora morreu em 17 de agosto de 1834 e o
seu corpo foi trasladado em 1958 para a capela da Ordem, na cidade de Verona.
Foi beatificada em
Verona no dia 29 de abril de 2017.
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