"Eu ofereço a minha vida para o triunfo do reino de
Deus na Espanha"
De
Ferroviário a Beato, passando através do martírio. Assim se pode resumir a
vida de Antero Mateo García (1875-1936), beatificado pela Igreja em 28 de
outubro de 2007.
Este
homem casado, pai de oito filhos, da Ordem Terceira de São Domingos foi elevado
à glória dos altares com onze companheiros mártires, homens e mulheres da
Segunda e da Terceira Ordem de Santo Domingo.
Antero
Mateo García, ferroviária modesto, era um verdadeiro representante do mundo do
trabalho. Ele nasceu em 4 de Março de 1875, em Valdevimbre, Leon. Quando
jovem, ele queria estudar e tornar-se padre, mas a situação econômica dos seus
pais (ele era o mais velho de nove filhos) foi um impedimento.
Ele
se casou com Manuela Trabadelo Malagon em 27 de janeiro de 1902 e por razoes do
trabalhão, se estabeleceram em Cembranos (León), mas depois tiveram que emigrar
para Barcelona em 1916 para trabalhar na ferrovia Norte.
Ao
se mudar para Barcelona para trabalhar, junto com sua esposa, ele entrou na ordem
Dominicana e foi membro secular da "Adoração". Tinham o hábito
de fazer peregrinações a Lourdes como acompanhantes para os doentes e exercitavam
a virtude da caridade, visitando os necessitados. Pai de oito filhos, um
dos quais foi Dominicano e uma das filhas foi Carmelita Descalça.
No dia 6 de agosto de 1936, ele estava na estação para esperar por sua esposa e filha Carmelita que estavam vindo de Valencia com mais outras religiosas; ele foi preso, juntamente com sua família.
Sua
esposa e filha depois de algumas horas foram libertadas, e ele foi convocado a retornar
ao seu trabalho regular na estação ferroviária, chamada Norte, mas no dia 8 de
agosto e não voltou para casa.
Ao
anoitecer, um grupo de militantes violentamente o arrastaram para fora da
unidade, onde estava servindo e o levaram para Sant Andreu de Palomar, perto de
Barcelona, onde, sob a ponte chamada o "Dragão", foi martirizado:
torturado e fuzilado, aos 61 anos de idade.
Pesquisa
realizada por ocasião da sua beatificação esclareceu que ele foi morto "por ódio à fé".
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