Caetano,
de combinação com Carafa, temendo que a abundância das esmolas não só
socorresse, mas também causasse a morte da pobreza, ordenava que todas as manhãs se
distribuísse aos pobres tudo o que sobrasse do dia anterior, a fim de excluir a
providência humana e se dar lugar à Providência celeste.
- Algumas
paredes da casa religiosa ameaçavam ruir. Certo cavalheiro prontificou-se a
emprestar a quantia necessária para a obra sem condições, nem juros. Apenas terminados os consertos, o credor
apresentou-se exigindo a restituição do dinheiro, ameaçando recorre à justiça
ou usar de violência caso não fosse reembolsado imediatamente.
Caetano,
completamente desprovido de recursos, suplicou ao cavalheiro que tivesse
paciência, que tudo lhe seria restituído. Tudo em vão. As ameaças prosseguiram.
Caetano,
confiando na Providência, disse ao credor que voltasse no dia seguinte na mesma
hora.
No
dia seguinte, chamaram Caetano na portaria, pensando tratar-se de algum doente
ele foi correndo. Mas não era isso. Lá estava um belo jovem, gentil, modesto, o
qual entregando ao Santo um envelope, disse: “Recebei, Padre, esta esmola que
Deus vos manda para alívio de vossas necessidades.” Dito isto, desapareceu como
um relâmpago.
No
mesmo instante apresenta-se, também, o credor. Caetano abre o envelope e o que
encontra? A quantia exata para o pagamento da dívida. Nem mais, nem menos. O
homem ao receber o dinheiro entende que acabara de presenciar um milagre.
Comovido, devolve a Caetano o dinheiro, rogando-lhe que empregasse onde fosse
necessário.
- Um
irmão fraturara uma perna. Em pouco tempo apareceu uma gangrena, que segundo os
médicos, se a perna não fosse amputada, levaria à morte certa.
Caetano
resolveu recorre à Providência, em quem sua confiança jamais falhara.
Mandou
adiar a cirurgia e passou a noite inteira rezando. De madrugada, dirigiu-se ao
quarto do paciente e exortou-o a recorrer a São Francisco de Assis; em seguida,
desenfaixou a perna fraturada, que estava horrível, beijou-a, traçou sobre ela
o sinal da cruz, enfaixou-a de novo e retirou-se.
De
manhã, chegam os médicos para a cirurgia, mas encontram o doente repousando
tranquilamente. Maravilhados, descobrem a perna e eis que ela está
perfeitamente sã, como antes da queda.
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