domingo, 3 de maio de 2020

03 de maio - Beata Maria Leônia Paradis

A Beata Maria Leônia passou a vida inteira se doando: “Ela sempre teve os braços abertos e o coração no lugar certo, uma risada boa e honesta nos lábios, dando boas-vindas a todos como se fossem o próprio Deus”. "Ela era todo coração."
Nascida em Saint-Jean-sur-Richelieu (Canadá), em 12 de maio de 1840, de uma família simples, pobre e virtuosa, foi batizada no mesmo dia, deram-lhe os nomes de Alódia Virgínia. Contava entre seus antepassados vários bispos, um dos quais foi arcebispo de Quebec. Logo entendeu a beleza da vida religiosa e em 1854 ingressou no noviciado das Marianitas de Santa Cruz, com o nome de Irmã Maria de Santa Leônia. Esta Congregação, constituída há pouco tempo então, destinava-se ao serviço doméstico das casas dos Sacerdotes da Santa Cruz e à educação da juventude.
Aos 22 de agosto de 1857 fez os votos e apesar de não ter uma saúde boa, encarregaram-na de cuidar das residências paroquiais em diversas freguesias. Foi, depois, para os Estados Unidos da América tomar conta de órfãos e servir de secretária da superiora do asilo. Permaneceu nesse posto oito anos.
Ele nunca questionou seu presente para Deus, mesmo no meio das provações da vida comunitária em Nova York e Indiana. E quando ela foi escolhida para servir em um internato em Memramcook, na Acadia, sua vida religiosa foi tão resplandecente que ela reuniu espontaneamente meninas ao seu redor, que também queriam consagrar suas vidas a Deus. Quando a Congregação a que pertencia deixou, na França, de cuidar das residências paroquiais para se dedicar ao ensino, as religiosas dos Estados Unidos separaram-se da Casa Mãe e formaram um Instituto autônomo denominado Irmãs da Santa Cruz. A Irmã Leônia aderiu ao novo Instituto por ele conservar o trabalho inicial de auxílio aos párocos.
Depois de 20 anos na cidade de Memramcook, a Casa Mãe e o noviciado mudaram para Sherbrooke, em 1885. No dia 26 de janeiro do ano seguinte, o Bispo dessa cidade publicou o decreto da ereção canônica. A 2 de outubro de 1904, a Serva de Deus, por instâncias do Prelado, abandonou o hábito das Irmãs de Santa Cruz, às quais estava juridicamente ligada, e vestiu o hábito da Congregação que ela mesma havia fundado com o nome de Irmãzinhas da Sagrada Família.
Sem nunca duvidar de seu chamado, ela costumava perguntar: "Senhor, mostre-me seus caminhos", para saber qual era a forma concreta de seu serviço na Igreja. Ele encontrou e propôs para suas filhas espirituais uma forma particular de compromisso: serviço em internatos, seminários e casas de padres.
Ele não temia as diferentes formas de trabalho manual, que são o peso que afeta muitas pessoas hoje, enquanto ele era honrado na sagrada família, na própria vida de Jesus em Nazaré. Lá, ela viu a vontade de Deus para sua vida. Com os sacrifícios inerentes a este trabalho, mas oferecidos por amor, ela experimentou profunda alegria e paz.
Ele sabia que estava se referindo à atitude fundamental de Cristo, "que não veio para ser servido, mas para servir". Tudo foi permeado pela grandeza da Eucaristia: esse é um dos segredos de suas motivações espirituais. 
A Congregação contava 635 Ir­mãs em 40 casas, dedicadas a auxiliar os Sacerdotes, material e espiritualmente, quando um câncer há tempo suportado por Madre Leônia, fez que suas condições de saúde se agravassem e, após ter recebido os últimos Sacramentos, ela entregou sua alma a Deus no dia 3 de maio de 1912, em Sherbrooke, na idade de 72 anos.
Foi beatificada pelo Papa São João Paulo II em 11 de setembro de 1984, que em sua homilia a exaltou:
Sim, Deus voltou seus olhos para a humildade de sua serva Maria Leonia que foi inspirada pela disponibilidade de Maria. E daí em diante sua congregação e a Igreja a chamarão de geração em geração abençoada.


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