Segundo sua biografia, os
pais de Ângelo eram judeus e se chamavam Jessé e Maria. O nascimento de Ângelo
e de seu irmão João foi preanunciado pela Virgem Maria numa aparição aos seus
pais. Após esta aparição os pais de Ângelo se converteram ao cristianismo.
Ao se tornarem órfãos, os
dois irmãos foram educados pelo patriarca Nicodemos até a idade de 18 anos;
quando entraram no convento Santa Ana dos Carmelitas junto à Porta Áurea em
Jerusalém. Após um ano de prova, foram para o Monte Carmelo. Viveram naquele
monte por 10 anos em rigoroso ascetismo.
Aos 28 anos, Ângelo, após
ter estado em Jerusalém para receber a ordenação sacerdotal, se retirou no
deserto da Quarentena, permaneceu ali por 5 anos em oração e penitência. Ao
final deste período, numa aparição Cristo lhe ordenou ir para a Sicília com a
finalidade de tentar a conversão de um pecador chamado Berengário, que há muito
tempo convivia com a própria irmã e com a qual tinha tido 3 filhos.
Embarcou no dia 1º de abril
de 1219 numa nau genovesa, mas antes da chegada na Sicília topou 4 navios
cheios de sarracenos. Estes espancaram Ângelo e seus companheiros. Entretanto,
à oração do santo desceu fogo do céu que matou 60 dos agressores e deixou cegos
outros 300. Estes, após a conversão, milagrosamente ficaram curados.
Após uma parada em Messina,
dirigiram-se para Civittavecchia. Dali dirigiu-se para Roma. Durante a vista
aos lugares santos, em São João do Latrão encontrou-se com São Francisco e São Domingos. Na ocasião
Ângelo predisse os estigmas a São Francisco. Ângelo recebeu de São Francisco o
anúncio de que seria martirizado em breve.
Retornando à Sicília, em
Palermo foi hóspede dos basilianos de Santa Maria da Gruta, aos quais pregou
durante 40 dias. Pregou depois em Agrigento por 50 dias antes de chegar em
Licata.
Primeiro em segredo e depois
publicamente tentou converter Berengário, que – desesperado por causa da
conversão da irmã – no dia 5 de maio de 1220, enquanto Ângelo pregava para
5.000 pessoas junto à igreja dos santos Felipe e Tiago perto do mar, feriu o santo
mortalmente com cinco golpes de espada. Antes de morrer, o santo recomendou
para que não vingassem a sua morte. Oito dias depois de sua morte e de vários
prodígios, Ângelo apareceu ao arcebispo de Palermo e lhe pediu sepultura.
Já venerado no século XIV, o
culto de Santo Ângelo teve grande difusão entre os carmelitas e o povo. O
Capítulo Geral dos Carmelitas de 1498 prescreveu que em todos os conventos
carmelitas se fizesse uma comemoração todos os dias. Em 1564 se estabeleceu a
celebração da festa com oitava solene.
No dia 4 de maio de 1626
Santo Ângelo foi proclamado também patrono de Palermo.
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