segunda-feira, 4 de maio de 2015

Maria Mãe de Deus

“À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!”.

Esta oração conhecida com o nome “Sub tuum praesidium” (À vossa proteção) é a mais antiga oração a Nossa Senhora que se conhece. Tem ela uma excepcional importância histórica pela explícita referência ao tempo de perseguições dos cristãos (Livrai-nos de todo perigo) e uma particular importância teológica por recorrer à intercessão de Maria invocada com o título de Theotókos (Mãe de Deus).
Ela foi escrita por volta do ano 250, em grego, e encontrada no Egito em 1927.



A mais antiga imagem conhecida de Theotókos (Mãe de Deus) está nas catacumbas de Priscila, em Roma, feitas por volta dos anos 150. Priscila guarda um nicho com a imagem da Virgem Maria, com o Menino sobre os joelhos, juntos a um profeta que aponta para uma estrela.

Podemos ver que as primeiras comunidades cristãs tinham a confiança na intercessão de Maria e a reconheciam como Mãe de Deus.

O dogma que declara verdade de fé que Maria é Mãe de Deus foi proclamado pelo Concílio de Éfeso, no ano 431. Maria recebeu o nome de “Theotokos”, palavra grega que diz exatamente “Mãe de Deus”, e foi julgado insuficiente o título de “Christotokos”, ou seja “Mãe de Cristo”.

A controvérsia era chefiada, de um lado, pelo Patriarca de Constantinopla, Nestório, bispo famoso como orador sacro, como líder e organizador, como conhecedor das Escrituras; por outro lado, o Patriarca de Alexandria, Cirilo, também exímio pregador, teólogo refinado, excelente bispo. Ambos tinham seguidores bispos, padres, leigos.

Nestório ensinava que Maria era só mãe do Cristo-homem, porque lhe parecia absurdo uma criatura ser mãe do criador. Cirilo contestava com veemência, afirmando que não podia haver dois Cristos, um homem e outro Deus. E havendo um Cristo só, embora com duas naturezas inseparáveis, Maria era mãe do Cristo-homem e mãe do Cristo-Deus, portanto sua maternidade era tão divina quanto humana, ela era verdadeiramente “Theotokos”, Mãe de Deus. 
O Concílio deu razão a Cirilo e declarou herética a posição de Nestório que, humildemente, se retirou da vida pública e voltou à vida que levava antes de ser bispo e patriarca, a vida de monge.


Veja o discurso de São Cirilo no Concílio de Éfeso: 
http://coisasdesantos.blogspot.com.br/2016/06/sao-cirilo-de-alexandria-discurso.html

Na Solenidade de Maria Mãe de Deus em 01 de janeiro de 2014 o Papa Francisco nos lembra que o nosso caminho está intimamente ligado a Maria desde o momento que Jesus nos entregou a ela na cruz. Leia a íntegra:



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