domingo, 24 de maio de 2015

Nossa Senhora do Divino Amor

Existe em Roma o famoso Santuário de Nossa Senhora do Divino Amor, localizado à via Ardeatina, km 12.
Tem-se notícia da devoção à Virgem sob este título já no século XIII, quando naquela região da planície romana foi construída uma espécie de fortaleza da família Savelli-Orsini, chamada Castel di Leva.

Sobre uma torre do castelo havia uma imagem da Virgem assentada no trono, tendo ao colo o Menino Jesus. Uma pomba desce sobre a Virgem como símbolo do Espírito Santo, que é mesmo o Divino Amor. 
A imagem, naquela época, era muito venerada pelos pastores da região.
Na primavera de 1740, um viajante que se dirigia a Roma, chegando perto da torre, foi assaltado por uma multidão de cães e estava para ser devorado; o pobrezinho levantou os olhos, viu a sagrada imagem e pediu ajuda à mãe de Deus; o milagre se realizou: os cães dispersaram-se de repente, fugindo pelos campos.

Em 1944, Roma corria o perigo de ser destruída por causa da guerra. Ao passear pelas ruas de Roma, quase ninguém imagina que todas aquelas maravilhosas igrejas, suntuosas edificações, fontes, ruas e praças correram o risco de serem varridas do mapa, devido a bombardeios e combates durante a Segunda Guerra Mundial. Afirma-se que se deve a uma promessa feita pelo Papa Pio XII a Nossa Senhora do Divino Amor o fato de a Cidade Eterna ter sido preservada desse desastre.
Com efeito, o referido Pontífice, prometeu que, se a cidade fosse poupada das destruições e horrores da guerra, promoveria sua renovação moral, faria uma obra de beneficência e construiria um santuário para a imagem de Nossa Senhora do Divino Amor.

As tropas americanas encontravam-se às portas de Roma. Seguindo ordens loucas de Hitler, o exército alemão deveria resistir sem ceder um metro de terreno, o que significaria um combate casa por casa e a destruição da cidade, bem como um morticínio inimaginável.

No dia 24 de janeiro de 1944 a imagem da Virgem foi transferida para Roma, onde peregrinou por várias Igrejas até chegar na igreja de Santo Inácio, onde, no dia 4 de junho de 1944, milhares de romanos foram rezar e comungar nesse templo, implorando proteção à Mãe de Deus, para obter a libertação da cidade e fizeram três promessas à Virgem:
  1. de mudar a própria vida,
  2. de erigir um novo Santuário e
  3. de realizar uma obra de caridade, em sua honra.
O Papa Pio XII ordenou a leitura das promessas feitas, e, para surpresa geral, menos de duas horas após o Santo Padre ter feito a promessa, as tropas alemãs retiravam-se sem combate.

Tal fato, considerado inusitado, foi noticiado pelo "L'Osservatore Romano" de 12-13/junho/1944, nos seguintes termos: "Claríssimo o prodígio, e tanto mais surpreendente quanto as circunstâncias humanas pareciam opostas; parecia impossível".

O Papa Pio XII, no dia 11 de junho de 1944, foi rezar com os romanos e deu a Nossa Senhora do Divino Amor o título de "Salvadora de Roma".
Nossa Senhora do Divino Amor, usou de misericórdia e poupou a Cidade Eterna, verdadeira jóia-símbolo da civilização católica.

Depois da guerra o Santuário abre de novo: desenvolvem-se obras de caridade, de cultura e, de apostolado.
Todos os sábados, desde Páscoa até ao fim de outubro, tem lugar a Peregrinação noturna a pé que parte a meia-noite desde Roma, Praça de Porta Capena, e alcança o Santuário às horas 5 de Domingo. Uma romaria noturna tem lugar mesmo no dia 7 de dezembro, véspera da Imaculada Conceição.
Os romeiros da noite percorrem a famosa Via Ápia Antiga até à igreja do Quo Vadis, depois tomam a famosa Via Ardeatina, passam por cima das catacumbas de São Calisto e à frente do Mausoléu das Fossa Ardeatinas, levando aos pés da Virgem, junto das própria intenções, mesmo as necessidades, as esperanças e a missão da Igreja de Roma e da cidade eterna.

"Nós olhamos para ti, Mãe do Divino Amor, esperando por ti, peia tua materna intercessão, a nossa salvação... Guarda a tua Roma".
Pio XII, 11 de junho de 1944


Um comentário:

  1. Com a Graças de Deus, vamos ao pouco criando e dando vida ao Projeto Nossa Senhora do Divino Amor, em Macaé - RJ... Receber de graça e de graça repassar... Aquilo que tu não usas, ati não pertence e sim a outro. (São Basilio)...As vezes, aquilo que não se faz uso. A outro pode ter uso e valia. Pensando, isso porque, não construir nos bairros uns deposito Publico e destinar a outro o que não faço uso. Talvez um Padre tenha razão de me qualificar como problemático. O céu em suas portas, nos será cobrado , aquilo que eu podia fazer e não fiz... Penso ser muito triste passar por aqui, e não fazer nada pela Igreja em Marcha... E esse meu agir, poder ser a chave de entrada na Igreja Triunfante.... As vezes, me preocupo com aqueles que querem construir uma Igreja linda com os melhores mármores e pedras... E as vezes se consegue tudo isso, conduzindo o rebanho para o fogão.... Se olhar-se, olhar a gordura do rebanho, se viria um rebanho, raquíssimo e bem magro... E em outra situação, vimos alguém conduzir o seu rebanho para o Senhor e procurando enxergar a a necessidade do mesmo de beber desta agua e se alimentar de suas palavras... Logo, viria um rebanho, bem mais bem tratado.

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