O dogma da Imaculada
Conceição nos ensina que Maria é uma pessoa completamente iluminada por Deus, o
templo humano onde o pecado não entra e a Graça habita com intensidade única.
Bem antes de se tornar dogma, já se cultuava Maria como “Nossa Senhora da Conceição”.
A devoção Mariana foi se desenvolvendo no correr dos séculos, o povo intui, sem
ter estudado teologia, que Maria é toda santa, toda de Deus.
Não há texto bíblico que
afirme claramente a Imaculada Conceição.
Em Gn 3,15 se promete que a
descendência da mulher esmagará a cabeça da serpente.
Em Lc 1,28, na saudação do
anjo, se diz somente que Maria é especialmente agraciada por Deus. Daí se pode
concluir que, se Maria é cheia de graça, então pecado nenhum nela habitou.
Logo, ela seria imaculada.
Nos primeiros séculos do
Cristianismo, desenvolve-se o paralelismo simbólico entre Maria e Eva,
compreendidas como a virgem desobediente – Eva – que leva a humanidade ao mal e
a virgem obediente – Maria – que abre o caminho para o bem. Nasce assim a devoção
Mariana. Os Pais da Igreja, como Irineu e Orígenes, falam da perfeita santidade
de Maria e ao mesmo tempo sinalizam que ela peregrinou na fé.
No século VIII,surge no
Oriente a Festa da Concepção de Maria, que era celebrada como devoção. No século
seguinte, é introduzida na Itália e na virada do primeiro milênio começa a ser
difundida no ocidente, sobretudo na Inglaterra, espalhando-se pela França e
Espanha.
No século XIX, aumenta
visivelmente a devoção a Maria. Na aparição da Medalha Milagrosa em 1830, está
escrito: “Ó Maria, sem pecado original, rogai por nós.”
O entusiasmo do povo de Deus
do mundo inteiro - e especialmente da Espanha - fazia-se sentir até no
Vaticano. Entretanto foi preciso esperar até 8 de dezembro de 1854 para a
declaração do dogma. Então, como afirma Pio IX, "teria chegado o tempo
oportuno para definir a Imaculada Conceição da Virgem Mãe de Deus, que a
Sagrada Escritura, a veneranda tradição, a constante percepção da Igreja, o
singular consenso dos Bispos católicos e dos fiéis, os atos memoráveis e as
constituições dos nossos predecessores ilustram e explicam
admiravelmente".
A solene definição teve lugar
na Basílica Vaticana com a presença de numerosas autoridades eclesiásticas e de
uma multidão de devotos. Observou uma testemunha ocular desse memorável dia: "É
hoje em Roma, como outrora em Éfeso: as celebrações de Maria são, em toda a
parte, populares. Os romanos se aprestam a receber a definição da Imaculada
Conceição, como os efésios acolheram a da Maternidade Divina de Maria: com
cânticos de júbilo e manifestações do mais vivo entusiasmo".
Estava consagrada para
sempre a fórmula encontrada pelos fiéis espanhóis, que tão grande papel tiveram
na difusão desta verdade, para expressar seu amor pela Imaculada: "Ave
Maria Puríssima, sem pecado concebida!".
Veja mais:
http://coisasdesantos.blogspot.com.br/2015/02/dogma-da-imaculada-conceicao-de-maria.html
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