domingo, 24 de maio de 2015

Pentecostes


Pentecostes é a palavra grega que significa “quinquagésimo”, porque esta festa era celebrada 50 dias após a Páscoa (Lv 23.15,16). Chamada em hebraico de “shavuot”, plural de “shavua”, significa “semana”, mas é também conhecida como a Festa das Primícias, pois coincidia com o fim da colheita de trigo. Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia.

-“Reunidos no mesmo lugar” (At 2.1)
No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4).
Havia quase 120 discípulos, incluindo as corajosas e heroicas pessoas anônimas que tiveram participação efetiva na obra de Deus. O local era o cenáculo, em Jerusalém, onde perseveravam “unanimemente em oração e súplica”. À luz do contexto, “reunidos no mesmo lugar” fala da unanimidade de propósito, esperando a promessa do Pai.
A Virgem Maria esteve presente quando aconteceu o derramamento do Espírito Santo sobre os apóstolos e discípulos de Jesus Cristo, em Pentecostes. Depois da morte e ressurreição de Jesus, Maria permaneceu com os discípulos para confirmá-los na fé.

Catecismo da Igreja Católica:
§696
O fogo. Enquanto a água significa o nascimento e a fecundidade da Vida dada no Espírito Santo o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo O profeta Elias, que “surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma tocha” (Eclo 48,1), por sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo que transforma o que toca. João Batista, que caminha diante do Senhor com o espírito e o poder de Elias” (Lc 1,17), anuncia o Cristo como aquele que “batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Lc 3,16), esse Espírito do qual Jesus dirá “Vim trazer fogo à terra, e quanto desejaria que já estivesse acesso (Lc 12,49). É sob a forma de línguas “que se diriam de fogo” o Espírito Santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si. A tradição espiritual manterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo Não extingais o Espírito” (1Ts 5,19).  

§732
Nesse dia é revelada plenamente a Santíssima Trindade. A partir desse dia, o Reino anunciado por Cristo está aberto aos que creem nele; na humildade da carne e na fé, eles participam já da comunhão da Santíssima Trindade. Por sua vinda e ela não cessa, o Espírito Santo faz o mundo entrar nos “últimos tempos”, o tempo da Igreja, o Reino já recebido em herança, mas ainda não consumado:
Vimos a verdadeira Luz, recebemos o Espírito celeste, encontramos a verdadeira fé: adoramos a Trindade indivisível, pois foi ela quem nos salvou.

§2623

No dia de Pentecostes, o Espírito da promessa foi derramado sobre os discípulos, “reunidos no mesmo lugar”, esperando-o, “todos unânimes, perseverando na oração”. O Espírito, que ensina a Igreja e lhe recorda tudo o que Jesus disse, vai também formá-la para a vida de oração.

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