Pentecostes é a palavra
grega que significa “quinquagésimo”, porque esta festa era celebrada 50 dias após
a Páscoa (Lv 23.15,16). Chamada em hebraico de “shavuot”, plural de “shavua”,
significa “semana”, mas é também conhecida como a Festa das Primícias, pois
coincidia com o fim da colheita de trigo. Era para os judeus uma festa de
grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do
trigo. Vinha gente de toda parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém,
trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das
colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser
celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia.
-“Reunidos no mesmo
lugar” (At 2.1)
No primeiro pentecostes,
depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo
desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo;
todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas
(At 2,1-4).
Havia quase 120 discípulos,
incluindo as corajosas e heroicas pessoas anônimas que tiveram participação efetiva
na obra de Deus. O local era o cenáculo, em Jerusalém, onde perseveravam “unanimemente
em oração e súplica”. À luz do contexto, “reunidos no mesmo lugar” fala da
unanimidade de propósito, esperando a promessa do Pai.
A Virgem Maria esteve
presente quando aconteceu o derramamento do Espírito Santo sobre os apóstolos e
discípulos de Jesus Cristo, em Pentecostes. Depois da morte e ressurreição
de Jesus, Maria permaneceu com os discípulos para confirmá-los na fé.
Catecismo da Igreja
Católica:
§696
O fogo. Enquanto a água
significa o nascimento e a fecundidade da Vida dada no Espírito Santo o fogo
simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo O profeta Elias,
que “surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma tocha” (Eclo 48,1), por
sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do
fogo do Espírito Santo que transforma o que toca. João Batista, que caminha
diante do Senhor com o espírito e o poder de Elias” (Lc 1,17), anuncia o Cristo
como aquele que “batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Lc 3,16), esse
Espírito do qual Jesus dirá “Vim trazer fogo à terra, e quanto desejaria que já
estivesse acesso (Lc 12,49). É sob a forma de línguas “que se diriam de fogo” o
Espírito Santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de
Si. A tradição espiritual manterá este simbolismo do fogo como um dos mais
expressivos da ação do Espírito Santo Não extingais o Espírito” (1Ts 5,19).
§732
Nesse dia é revelada
plenamente a Santíssima Trindade. A partir desse dia, o Reino anunciado por
Cristo está aberto aos que creem nele; na humildade da carne e na fé, eles participam já da comunhão da Santíssima Trindade. Por sua vinda e ela não
cessa, o Espírito Santo faz o mundo entrar nos “últimos tempos”, o tempo da
Igreja, o Reino já recebido em herança, mas ainda não consumado:
Vimos a verdadeira Luz,
recebemos o Espírito celeste, encontramos a verdadeira fé: adoramos a Trindade
indivisível, pois foi ela quem nos salvou.
§2623
No dia de Pentecostes, o
Espírito da promessa foi derramado sobre os discípulos, “reunidos no mesmo
lugar”, esperando-o, “todos unânimes, perseverando na oração”. O Espírito, que
ensina a Igreja e lhe recorda tudo o que Jesus disse, vai também formá-la para
a vida de oração.
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