sexta-feira, 8 de março de 2019

08 de março - Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão. Mt 9,15

Jesus diz que seus discípulos não podem jejuar, enquanto o esposo estiver com eles; jejuarão quando o esposo for tirado do meio deles. Ao dizê-lo, Cristo revela a sua identidade de Messias, Esposo de Israel, vindo para as núpcias com o seu povo. Aqueles que O reconhecem e O acolhem com fé estão em festa. No entanto, Ele deverá ser rejeitado e morto precisamente pelos seus: naquele momento, durante a sua paixão e a sua morte, chegará a hora do luto e do jejum.

Este episódio evangélico nos fala do significado da Quaresma. Com efeito, no seu conjunto ela constitui um grande memorial da paixão do Senhor, em preparação para a Páscoa da Ressurreição. Durante este período, deixamos de entoar o aleluia e somos convidados a praticar formas oportunas de renúncia penitencial. O tempo de Quaresma não deve ser enfrentado com o espírito "velho", como se fosse uma incumbência pesada e incômoda, mas com o espírito novo de quem encontrou em Jesus e no seu mistério pascal o sentido da vida, e admoesta enfim que tudo deve referir-se a Ele. Esta era a atitude do Apóstolo Paulo, que afirmava ter abandonado tudo para poder conhecer Cristo, "o poder da sua Ressurreição e a comunhão nos seus sofrimentos, para me tornar semelhante a Ele na sua morte a fim de alcançar, se possível, a ressurreição dos mortos".

Que no itinerário quaresmal nos sirva de guia e mestra Maria Santíssima que, quando Jesus se dirigiu decididamente rumo a Jerusalém, para ali padecer a Paixão, O seguiu com fé total. Como "odre novo", recebeu o "vinho novo" trazido pelo Filho para as bodas messiânicas. E assim aquela graça que Ela, com instinto de Mãe, tinha pedido para os esposos de Caná, Ela mesma foi a primeira a recebê-la aos pés da Cruz, graça esta derramada do Coração trespassado do Filho, encarnação do amor de Deus pela humanidade.

Papa Bento XVI – 26 de fevereiro de 2006

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