sexta-feira, 1 de março de 2019

01 de março - Alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. Mc 10,2


Os fariseus, e também doutores da lei, aproximaram-se de Jesus para o pôr à prova fizeram-lhe uma pergunta casuística, aquelas perguntas da fé “pode-se ou não se pode”, onde a fé é reduzida a um “sim” ou a um “não”. Mas não o grande “sim” nem o grande “não” dos quais ouvimos falar, que é Deus. Não, insistiu, para os fariseus a questão é pode-se ou não se pode. E a vida cristã, a vida segundo Deus, segundo estas pessoas, consiste sempre no “pode-se” ou “não se pode”, para o pôr à prova.

Mas quando ouve estas coisas, o Coração de Jesus sofre e vai além. A pergunta é sobre o divórcio, sobre o matrimônio: parece que para eles, o matrimônio era “pode-se ou não se pode”; até que ponto devo ir em frente, até que ponto não. Ao contrário, Jesus vai além e chega à criação e fala do matrimônio que talvez seja a coisa mais bonita que o Senhor fez naqueles sete dias, são sete as etapas. Com efeito, lê-se no trecho de Marcos que Jesus lhes disse: “desde o princípio da criação, Deus os fez varão e mulher. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne”.

É forte o que o Senhor diz. Deus criou-os assim desde o início e não diz “são um só espírito, um só amor”, não: “uma carne”, não se pode dividir! Mas, acrescentou, deixa o problema da separação e vai à beleza do matrimônio, à beleza do casal que deve ser unido. E assim, o homem e a mulher deixam as suas famílias para empreenderem um novo caminho, um novo percurso. Por isso 'há uma ruptura no homem e na mulher para iniciar o caminho: a ruptura com o que era antes, com a família precedente: “deixa para devir” e depois toda a vida este caminho de ir em frente, não dois, mas um. Por conseguinte, prosseguir assim na vida, um, e aquilo que é um deve permanecer um: eis o que diz o Senhor.
Não devemos parar, como estes doutores, neste “pode-se ou não se pode” dividir um matrimônio. Às vezes, por desgraça, não funciona e é melhor separar-se para evitar uma guerra mundial, mas esta é uma desgraça. Consideremos antes o positivo.

Papa Francisco – 5 de maio de 2018

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