O escândalo é um tema sobre o qual Jesus
voltava a falar frequentemente. Por exemplo, depois de uma pregação disse: “Bem-aventurado
é aquele que não se escandalizar de mim”. Porque ele tinha cuidado para não
escandalizar. E, ainda, quando chegou o momento de pagar os impostos, para não
“escandalizar” diz a Pedro: “Vai ao mar, lança o anzol, e ao primeiro peixe
que pescares abre sua boca e encontrarás uma moeda. Com ela pagarás por mim e
por ti”. Sempre para não escandalizar, Jesus adverte também: Se a tua mão é
motivo de escândalo, corta-a. E também, de novo, a Pedro, quando estava diante
da cruz, do projeto da cruz, tenta convencê-lo a fim de que escolha outro
caminho, sem rodeios diz: “Afasta-te de mim, és de impedimento, és motivo de
escândalo”.
Jesus é muito claro nisto. E a nós, a todos dá esta
advertência: Tomai cuidado de vós mesmos! Porque há o escândalo do povo de
Deus, dos cristãos, quando um cristão, afirmando ser cristão, vive como um
pagão. Aliás, quantas vezes nas nossas paróquias ouvimos algumas pessoas dizer:
Não, eu não vou à Igreja porque aquele ou aquela, que está todos os dias a
beijar as velas ali dentro, sai e fala mal dos outros, semeia o joio...
E quantos cristãos afastam as pessoas com o seu
exemplo, com a sua incoerência: a incoerência dos cristãos é uma das armas mais
fáceis que o demônio possui para enfraquecer o povo de Deus e para o afastar do
Senhor. Em síntese, é o estilo de dizer uma coisa e fazer outra. Precisamente o
que Jesus dizia ao povo sobre os doutores da lei: “Fazei o que vos disseram,
mas não façais o que eles fazem”. Eis a incoerência.
Podemos nos perguntarmos hoje, cada um de nós:
como é a minha coerência de vida? Na minha vida há coerência com o Evangelho,
coerência com o Senhor? Portanto, devemos questionar-nos se devido à nossa
incoerência somos motivo de escândalo para os outros.
Papa Francisco – 13 de novembro
de 2017
Hoje celebramos:
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