O momento presente oferece numerosas novas oportunidades
para dar testemunho de Cristo e dos renovados desafios para a Igreja. Como o
sábio pai de família, que "tira coisas novas e velhas do seu
tesouro", temos necessidade de considerar com discernimento as
mudanças que estão a verificar-se na sociedade, e nisto os fiéis buscam a
orientação da Igreja. Devemos ajudá-los a reconhecer a incapacidade que a
cultura secular e materialista tem de suscitar satisfação e alegria autênticas.
A Igreja tem a coragem de lhes falar da alegria que provém do anúncio de Cristo
e de uma vida levada em conformidade com os seus mandamentos. Recorda-lhes que
os nossos corações foram criados para o Senhor e que estão inquietos, enquanto
não descansam nele (cf. Santo Agostinho).
Com muita frequência, o testemunho
contracorrente oferecido pela Igreja é entendido de modo equívoco, como se
fosse algo atrasado e negativo para a sociedade contemporânea. Eis por que
motivo é importante pôr em evidência a Boa Nova, a mensagem evangélica que dá
vida e a dá em abundância.
Embora seja necessário falar vigorosamente
contra os males que nos ameaçam, contudo temos o dever de corrigir a ideia de
que o catolicismo é meramente "uma coletânea de proibições". Aqui são
necessárias uma catequese sólida e uma atenta "formação do coração", e
devemos estar comprometidos seriamente na educação dos jovens. É
necessário evitar apresentações superficiais do ensinamento católico, pois
somente a plenitude da fé pode comunicar o poder libertador do Evangelho.
Mediante o exercício da vigilância sobre a qualidade dos programas de estudo e
dos livros de texto utilizados, e através da proclamação da doutrina da Igreja
na sua integridade, assumimos a nossa responsabilidade de "anunciar a
palavra... oportuna e inoportunamente... com toda a magnanimidade e
doutrina".
Papa Bento XVI – 28 de
outubro de 2006
Hoje celebramos:
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