terça-feira, 27 de agosto de 2019

27 de agosto - Beato Domingos da Mãe de Deus Barberi


Domingos Barberi, que na vida religiosa recebeu o nome de “Domingos da Mãe de Deus”, nasceu em 1792, perto de Viterbo (Itália). Duplamente órfão aos oito anos de idade, Domingos se entrega aos cuidados da Mãe do Céu. E Maria o recebe sob seu manto...Domingos Barberi foi o sétimo e último filho do casal José Barberi e Maria Antonia Pacelli, humildes camponeses de Palanzana.  
A família trabalhava a meias num sitio das cônegas de Santo Agostinho, viviam uma situação financeira estável, porém logo após o nascimento de Domingos, morreu o Sr. José Barberi, o seu pai, e a Sra. Maria Antonia teve que trabalhar dobrado para sustentar a família e educar os filhos como verdadeiros e bons cristãos, o que ela fez com bom êxito pois dos sete filhos do casal, dois entraram na vida religiosa e os outros se casaram e formaram famílias exemplares.

O menino Domingos experimentou a presença de Maria Santíssima em sua vida desde muito cedo; primeiro através de sua Mãe que foi curada milagrosamente de uma ruptura no braço após ter invocado a intercessão da virgem; segundo através de um Padre capuchinho o qual lhe ensinou as primeiras letras e também a devoção a Maria e a Eucaristia e por último, aos oito anos de idade quando se tornou duplamente órfão, vendo sua mãe morrer diante dos seus olhos e nada podendo fazer, na dor, na angustia e na impotência ele se entregou e se consagrou por inteiro como filho da Virgem Maria, dizendo as seguintes palavras:
- Já não tenho mais Papai e nem Mamãe nesta terra! Ó Maria, sede vós de agora em diante minha Mãe e velai por mim! 
Foi aos 22 anos quando, pelos frequentes chamados interiores, compreendeu que Deus o convidava ao apostolado.

Deixando então o cultivo dos campos, ingressou na Congregação Passionista, onde revelou extraordinárias qualidades de inteligência e oração. Um dia, enquanto rezava diante da imagem da SS. Virgem, ouviu claramente em seu espírito essas palavras:
- Serás Missionário e levará a fé à Inglaterra!

Domingos não se preocupou. A providência se encarregaria de realizar o que Maria anunciara. No dia 15 de novembro de 1815, fez sua profissão religiosa. Aprofundou-se nos estudos superiores, com o único objetivo de tornar instrumento hábil nas mãos de Deus, para a salvação das almas, ao mesmo tempo em que ia aperfeiçoando o seu espírito na prática de todas as virtudes religiosas. Chegou, afinal, o dia esperado! A mão do Sr. Bispo pousou sobre sua cabeça, transmitindo-lhe os sagrados poderes no dia 01 de março de 1818. Com quanta alegria e comoção, celebra Domingos sua primeira Missa! E no dia ele sentiu novamente em sua alma o anúncio de Maria que seria missionário na Inglaterra. Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino, ao ministério da Palavra, à direção espiritual e à composição de numerosos escritos sobre filosofia, teologia e pregação.

Imbuído do espírito de São Paulo da Cruz, preocupou-se pelo regresso da Inglaterra à unidade da Igreja. Fundador dos Passionistas na Bélgica em 1840 chegou à Inglaterra em 1842. Ali se entregou, com todo o empenho, ao apostolado para o qual Deus o tinha escolhido.
Em junho de 1844 na festa de São Jorge, patrono da Inglaterra, é inaugurada uma igreja católica em Stone. Para pôr um dique aos progressos do “papismo” reúnem-se em Oxford os magnatas do anglicanismo. Mas o resultado foi apenas mais um passo para Roma. As orações e os sacrifícios de Domingos conseguiram de Deus, logo após essa reunião, à volta à Igreja católica de mais de sessenta ministros e professores da grande universidade. Entre eles estava o que se tornou mais tarde o celebre Cardeal Newman, bem como Lord Spencer, que foi depois sacerdote Passionista.

Durante uma viagem para fundação de um novo convento Domingos passou mal e teve que apear na primeira estação, chegou assim a Reading, onde poucas horas depois falecia numa pensão protestante, assistido pelo sacerdote que o acompanhava na viagem. Era o dia 27 de agosto de 1849 às três horas da tarde. Nesta mesa casa, uma criada protestante, ao contemplá-lo morto, caiu de joelhos... a quem lhe perguntava por que procedia assim respondeu:
- Eu mesmo não sei dizer! Uma força estranha me obriga a ajoelhar diante desse servo de Deus!
Os seus restos mortais veneram-se em Sutton, Saint Helens aonde acorrem peregrinações das várias regiões da Inglaterra.
O Santo Padre Papa Paulo VI, no dia 27 de outubro de 1963, durante o Concílio Vaticano II, lhe conferiu o título de Bem Aventurado.

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