Desde que Jesus desceu ao sepulcro, a tumba e a
morte não são mais lugares sem esperança, onde a história se fecha no fracasso
mais absoluto, onde o homem toca o limite extremo da sua impotência. A
Sexta-feira Santa é o dia da esperança que é maior; aquela que amadureceu na
Cruz enquanto Jesus exalava o último suspiro, gritando com grande voz: “Pai,
em tuas mãos entrego o meu espírito”.
Entregando a sua existência “doada” nas mãos do
Pai, Ele sabe que a sua morte torna-se fonte de vida, como a semente na terra
que deve romper-se para que a planta possa nascer: “Se o grão de trigo que
cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então
produz muito fruto”. Jesus é o grão de trigo que cai na terra,
despedaça-se, rompe-se, morre e por isso pode produzir fruto.
Desde o dia em que Cristo foi alçado, a Cruz,
que se apresenta como o sinal do abandono, da solidão, do fracasso, tornou-se
um novo começo: da profundidade da morte, eleva-se a promessa da vida eterna.
Na Cruz, já brilha o esplendor vitorioso da alvorada do dia de Páscoa.
Papa Bento XVI – 02 de abril
de 2010
Hoje celebramos:
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