O Evangelho de hoje é uma célebre parábola, que
fala de dez virgens convidadas para uma festa de bodas, símbolo do Reino dos
céus, da vida eterna. É uma imagem feliz, com a qual contudo Jesus ensina uma
verdade que nos põe em questão; com efeito, daquelas dez virgens, cinco entram
na festa porque, quando o esposo chega, têm óleo para acender as próprias
lâmpadas; enquanto as outras cinco permanecem fora porque, insensatas, não
tinham trazido óleo.
O que representa este óleo,
indispensável para serem admitidas no banquete nupcial? Santo Agostinho e outros
antigos autores veem nisto um símbolo do amor, que não se pode comprar, mas que
recebemos como dom, conservamos no íntimo e praticamos com as obras. A
verdadeira sabedoria consiste em aproveitar a vida mortal para realizar obras
de misericórdia, porque depois da morte isto já não será possível.
Quando formos despertados para o juízo final,
isto acontecerá com base no amor praticado na vida terrena. E este amor é dom
de Cristo, efundido em nós pelo Espírito Santo. Quem crê em Deus-Amor tem em si
uma esperança invencível, como uma lâmpada com a qual atravessar a noite para
além da morte, e chegar à grande festa da vida.
A Maria peçamos que nos ensine a verdadeira
sabedoria, aquela que se fez carne em Jesus. Ele é o Caminho que conduz desta
vida para Deus, para o Eterno. Ele fez-nos conhecer o rosto do Pai, e
ofereceu-nos uma esperança cheia de amor. Por isso, a Igreja dirige-se com
estas palavras à Mãe do Senhor: “Vida, doçura e esperança nossa”. Aprendamos
dela a viver e a morrer na esperança que não desilude.
Papa Bento XVI – 06 de
novembro de 2011
Hoje celebramos:
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