São Vitaliano foi o
Papa de número 76 da Igreja Católica entre 13 de agosto de 657 e o ano de 672. Pouco
sabemos sobre sua vida, a data de seu nascimento, por exemplo, ainda é um
mistério para os pesquisadores. Sabe-se apenas que ele era natural de Segni, na
Itália. Vitaliano sempre foi um homem da Igreja e fiel defensor do catolicismo
romano. Poucos anos antes de sua eleição para o posto de Sumo Pontífice, houve
um grave problema envolvendo o imperador Constante II e o Papa Martinho I. Um
grave conflito que resultou na prisão e exílio deste papa, o qual viria a
falecer já com um sucessor eleito quando estava em Crimeia. Martinho I foi
sucedido por um breve pontificado de Eugênio I, também acompanhado por
Vitaliano. Após três anos do papado de Eugênio I, Vitaliano foi eleito no dia 30
de julho de 657 para ser seu sucessor.
Seu pontificado
caracterizou-se pela luta contra o monotelismo, doutrina medieval que defendia
a existência de uma só vontade e atividade nas duas naturezas de Jesus Cristo
(em oposição à interpretação emanada da Igreja que encontrava duas vontades,
correspondentes a suas duas naturezas, na segunda pessoa da Santíssima
Trindade).
A disputa sobre
esta questão se tinha exacerbado em consequência do edito Typos, publicado em
648 pelo imperador bizantino Constante II Heraclio, no qual se proibia a
discussão sobre o tema, atendo-se ao dogma oficial da Igreja.
O edito foi mal
recebido no Oriente, onde os monotelitas tinham grande força e causou uma
separação entre os ramos oriental e ocidental da Igreja.
Vitaliano
esforçou-se por fazer frente à situação com diplomacia e não entrou em
confronto com o Imperador condenando o edito, como lhe pediam seus
conselheiros.
Graças a isto,
Constante II confirmou a nomeação de Vitaliano e as relações com Bizancio
ficaram mais fluídas a partir desse momento.
A postura
conciliadora do Papa
Vitaliano reflete na expansão da autoridade pontifícia
sobre o território europeu. O papa convocou, então, o VI Concílio Ecumênico
para reestabelecer a paz religiosa. No entanto, Vitaliano morreria antes de sua
conclusão. Mas deixaria como legado a adoção da liturgia romana no território
britânico, além de espalhar núncios por outras regiões do continente. Ele foi o
primeiro papa a autorizar o uso do órgão nas cerimônias religiosas e também
destacou-se pela conversão dos lombardos ao cristianismo.
O papado de
Vitaliano durou 14 anos. O papa faleceu no dia 27 de janeiro de 672 e foi
sucedido pelo Papa
Adeodato II.
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