sábado, 12 de janeiro de 2019

12 de janeiro - São Bernardo de Corleone


"Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo". À luz do mistério da Trindade adquire uma singular eloquência o testemunho evangélico de São Bernardo de Corleone, elevado hoje às honras dos altares. Dele todos se admiravam e perguntavam como um frade leigo podia discorrer tão altamente acerca do mistério da Santíssima Trindade. Com efeito, toda a sua vida foi orientada para Deus, através de um esforço constante de ascese, tecida de oração e de penitência. Todos aqueles que o conheceram afirmam concordes que "ele estava sempre em ato de oração", "nunca deixava de rezar", "rezava continuamente". Deste diálogo ininterrupto com Deus, que encontrava na Eucaristia o seu centro propulsor, hauria a linfa vital para o seu corajoso apostolado, respondendo aos desafios sociais do tempo, com tensões e perturbações.

Também hoje o mundo precisa de santos como Frei Bernardo, imersos em Deus, e precisamente por isso capazes de transmitir a verdade e o amor. O humilde exemplo deste Capuchinho constitui um encorajamento a nunca nos cansarmos de rezar, sendo precisamente a oração e a escuta de Deus a alma da santidade autêntica.

Papa João Paulo II – Homilia de canonização – 10 de junho de 2001

Nasceu na cidade de Corleone na Itália, no dia 06 de fevereiro de 1605. Foi batizado com o nome de Filipe Latino e foi educado sob rígidos critérios cristãos e morais juntamente com seus irmãos.
Desde cedo criou gosto pelas armas e seu temperamento forte o levou a envolver-se por diversas vezes em duelos. Após a morte de seu pai entrou para o exército e tornou-se especialista em esgrima. Chegou a ser conhecido como a “lâmina mais fina da Silícia”.

Certa vez, tomado de ira, arrancou com a espada, o braço de um oponente. Foi tomado de profundo arrependimento e temendo mais violência buscou ajuda com os Padres Capuchinhos. Os frades, conhecedores da conduta de Filipe e diante de sua manifestação de arrependimento, entraram em consenso e no dia 13 de dezembro de 1632 o jovem ingressou no noviciado do convento de Caltanissetta em Palermo e adotou o nome de Bernardo de Corleone.

Seu temperamento forte e seus impulsos foram canalizados para a oração, penitência e trabalho. Trabalhou como cozinheiro no mosteiro e mortificava-se com profundo rigor. Dedicou-se com afinco ao cuidado e acolhimento dos pobres, e profundo era seu amor pela Eucaristia e por Nossa Senhora.
Os sofrimentos também ajudaram a forjar a santidade de Bernardo, pois certa vez em uma viajem a Messina foi preso, espancado e vendido como escravo. Ao retornar para a Itália, deparou-se com a peste que dizimava a cidade de Castelnuovo e juntamente com outros companheiros foram em socorro do povo atingido.

Bernardo adoeceu e veio a falecer no dia 12 de janeiro de 1667 na cidade de Palermo. Foi beatificado pelo Papa Clemente XIII no ano de 1768 e canonizado pelo Papa João Paulo II em 10 de junho de 2001.

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