quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

03 de janeiro - Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! Jo 1,29


No centro do Evangelho de hoje está essa palavra de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” Uma palavra acompanhada pelo olhar e pelo gesto da mão que indicam Ele, Jesus.
Imaginemos a cena. Estamos na margem do rio Jordão. João está a batizar; há muita gente, homens e mulheres de várias idades, que ali chegaram, ao rio, para receber o batismo. João prega que o reino dos céus está próximo, que o Messias está para se manifestar e é necessário preparar-se, converter-se e comportar-se com justiça; e começa a batizar no Jordão para dar ao povo um meio concreto de penitência. Esta gente ia para se arrepender dos próprios pecados, para fazer penitência, para recomeçar a vida. João sabe que o Messias, já está próximo, e o sinal para o reconhecer será quando sobre Ele se pousar o Espírito Santo; com efeito, Ele trará o verdadeiro batismo, o batismo no Espírito Santo.

Eis que o momento chega: Jesus apresenta-se à margem do rio, no meio do povo, dos pecadores — como todos nós. Sabemos que algo acontece: sobre Jesus desce o Espírito Santo em forma de uma pomba e a voz do Pai proclama-o Filho predileto. É o sinal que João esperava. É ele! Jesus é o Messias, o Rei de Israel, não com a poder deste mundo, mas sim como Cordeiro de Deus, que assume sobre si e tira o pecado do mundo.

Assim João indica-o ao povo e aos seus discípulos. Porque nos detemos longamente sobre esta cena? Porque é decisiva! É um fato histórico decisivo! Esta cena é determinante para a nossa fé; e é crucial também para a missão da Igreja. A Igreja, em todas as épocas, é chamada a fazer aquilo que fez João Batista, indicar Jesus ao povo dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo!” Ele é o único Salvador! Ele é o Senhor, humilde, no meio dos pecadores, mas é Ele, Ele: não é outro, poderoso, que vem; não, não, é Ele!

E estas são as palavras que nós sacerdotes repetimos todos os dias, durante a Missa, quando apresentamos ao povo o pão e o vinho que se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Este gesto litúrgico representa toda a missão da Igreja, a qual não se anuncia a si mesma. A Igreja anuncia Cristo; não se traz a si mesma, mas Cristo. Pois, é só Ele e unicamente Ele que salva o seu povo do pecado, que o liberta e o guia para a terra da verdadeira liberdade.

Papa Francisco – 15 de janeiro de 2017

Hoje celebramos:

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