A Igreja é chamada
a viver a sua missão na verdade que não se altera segundo as modas passageiras
ou as opiniões dominantes. A verdade que protege o homem e a humanidade das
tentações da auto-referencialidade e de transformar o amor fecundo em egoísmo
estéril, a união fiel em ligações temporárias. Sem verdade, a caridade cai no
sentimentalismo. O amor torna-se um invólucro vazio, que se pode encher
arbitrariamente. É o risco fatal do amor numa cultura sem verdade.
E a Igreja é
chamada a viver a sua missão na caridade que não aponta o dedo para julgar os
outros, mas – fiel à sua natureza de mãe – sente-se no dever de procurar e
cuidar dos casais feridos com o óleo da aceitação e da misericórdia; de ser hospital
de campanha, com as portas abertas para acolher todo aquele que bate pedindo
ajuda e apoio; e mais, de sair do próprio redil ao encontro dos outros com amor
verdadeiro, para caminhar com a humanidade ferida, para a integrar e conduzir à
fonte de salvação.
Uma Igreja que
ensina e defende os valores fundamentais, sem esquecer que o sábado foi feito para o homem e
não o homem para o sábado; e sem esquecer que Jesus disse também: Não
são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim
chamar os justos, mas os pecadores. Uma Igreja que educa para o amor
autêntico, capaz de tirar da solidão, sem esquecer a sua missão de bom
samaritano da humanidade ferida.
Recordo São João
Paulo II, quando dizia: O erro e o mal
devem sempre ser condenados e combatidos; mas o homem que cai ou que erra deve
ser compreendido e amado. (...) Devemos amar o nosso tempo e ajudar o homem do
nosso tempo.
Papa
Francisco – 04 de outubro de 2015
Hoje celebramos:
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