Lucia Filippini nasceu em
Tarquínia, perto de Roma, em 13 de janeiro de 1672, quinta e última filha, com
menos de um ano ficou órfã de mãe e aos sete anos de pai, quando foi viver com
seus tios, sendo dócil, obediente e muito amável. Seu amor a Jesus na
Eucaristia era tão grande que não passava dia sem que O fosse visitar no
tabernáculo.
Com o consentimento dos tios,
foi acolhida no mosteiro beneditino para estudar, onde recebeu ótima educação
com as irmãs Beneditinas e começou a se despontar com o seu talento de
catequista, já que conseguia transmitir a beleza dos santos mistérios da nossa
fé Católica principalmente às crianças. A experiência com a catequese das
crianças era mais do que um desenvolver do dom, mas um despontar de um carisma
que marcou profundamente a história de Lúcia.
Nos finais de 1600 o Cardeal
Marcantonio Barbarigo teve a inspiração de fundar escolas católicas em toda
diocese, enviou Lúcia para formação intelectual e religiosa com as Irmãs
Clarissas, e por fim deu-lhe a missão de realizar este projeto.
Santa Lúcia aceitou o desafio
e a cruz por amor ao Senhor e pela formação de catequistas e professoras.
Aconteceu então uma ampla ação de apoio humano e espiritual dos jovens,
dedicando-se também ao melhoramento da condição feminina e ao restabelecimento
moral e cultural do clero e do povo. Precisamente para esta finalidade foram
constituídas, por volta de 1692, as "Escolas da Doutrina Cristã" para
as jovens do povo, na perspectiva do saneamento da família e da sociedade.
Desta forma, surgiu um corpo
de professoras válido e estável, capaz de realizar, com fidelidade e
criatividade, aquele projeto de intervenção educativo que o Cardeal Barbarigo e
a jovem Lúcia Filippini idealizaram. As suas discípulas estão hoje em
vários Países do mundo com amor ao serviço do Evangelho, atentas às
necessidades dos pequeninos, dos pobres e dos que sofrem, procurando inspirar
no ministério educativo em Jesus Mestre, num estilo de seguimento que faz
apelo ao amor esponsal. Continuam por este caminho, cooperando na difusão do
Evangelho da caridade nos novos âmbitos de apostolado que o Senhor as confia.
A experiência, maturada do
instituto durante longos anos de serviço a Cristo e à Igreja constitui hoje, um
feliz preliminar para uma época de vida consagrada e apostólica ainda mais
fecunda.
Santa Lúcia por 40 anos dedicou-se a este apostolado que não a livrou
de calúnias e males morais, que soube enfrentar na força da oração e
providentes irmãos, até pegar uma doença que a levou com 60 anos para a Casa do
Pai no dia 25 de março de 1732.
Foi beatificada pelo Papa Pio XI em 1926 e caninizada pelo mesmo Papa em 1930.
Pensamentos de Santa Lúcia
Filippini:
"O amor é uma força que atrai e
conquista os corações: a caridade é o efeito do amor que leva à conquista das
almas.”
“Deus nos chamou para
servi-Lo nos pobres, nos sofredores, nos necessitados, a trabalhar para o
advento do Reino de Cristo no mundo; continuemos…Enquanto vivemos, devemos
combater, vigiar, sobretudo orar para que no mundo não nos prenda com suas
seduções. Em nome do Senhor, sempre para a frente.”
“Jesus morreu por nós,
mas nós ainda não morremos por Ele.”
"Desejaria ardentemente
multiplicar-me para gritar por todos os lados e para dizer a todas as pessoas:
Amai, amai muito o Senhor!”
"No mundo há necessidade
de compreensão e caridade”.
“Exorto-vos, caras filhas, a
conduzir uma vida digna da Vocação, para a qual fostes chamadas; com total
humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos reciprocamente e na
caridade, solícitas em conservar a unidade de espírito. Aonde fordes, levai o sorriso de Maria.”
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