Quando Deus perdoa, o seu perdão
é tão grande que é como se “se esquecesse”. Assim, uma vez que estamos em paz
com Deus pela sua misericórdia, se perguntássemos ao Senhor: Mas te recordas
daquela má ação que pratiquei? A resposta poderia ser: Qual? Não recordo...
Acontece o oposto daquilo nós fazemos e que emerge com frequências das
nossas conversas: Mas este fez isto e aquilo... Nós não nos esquecemos e de
muitas pessoas conservamos a história antiga, média, medieval e moderna. E isto
porque não temos um coração misericordioso.
Pedro, o qual tinha ouvido o Senhor falar muitas vezes sobre perdão e misericórdia,
não tinha compreendido plenamente o significado daquelas palavras. Portanto aproximou-se
de Jesus e disse-lhe: Senhor, se meu irmão comete culpas contra mim, quantas
vezes devo perdoar-lhe? Até sete vezes? Sete vezes: talvez lhe parecesse até
generoso. Mas Jesus responde-lhe: Não te digo até sete, mas setenta vezes sete.
No Pai-Nosso, dizemos: Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a
quem nos tem ofendido. Trata-se de uma equação, ou seja: Se tu não fores capaz
de perdoar, como te poderá perdoar Deus? O Senhor quer perdoar-te, mas não
poderá se tu tens o coração fechado, e a misericórdia não pode entrar. Alguém
poderia objetar: Padre, eu perdoo mas não posso esquecer o que me fizeram... A
resposta é: Pede ao Senhor que te ajude a esquecer. Contudo, se é verdade que se
pode perdoar, mas esquecer nem sempre se consegue, certamente não se pode
aceitar a atitude do perdoar e vais pagar. É preciso perdoar como Deus perdoa,
o qual perdoa ao máximo.
Não é fácil perdoar, não é fácil, em muitas famílias há irmãos que
discutem pela herança dos pais e não se falam; muitos casais que discutem e
cresce o ódio e a família acaba destruída. Estas pessoas não são capazes de
perdoar. Este é o mal.
Papa Francisco – 01 de março
de 2016
Hoje celebramos:
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