Jesus não veio para
procurar o consenso dos homens, mas — como dirá a Pilatos no fim — para “dar
testemunho da verdade” (Jo 18, 37). O verdadeiro profeta não obedece a
outros mas só a Deus e põe-se ao serviço da verdade, pronto a pagar
pessoalmente. É verdade que Jesus é o profeta do amor, mas o amor tem a sua
verdade. Aliás, amor e verdade são dois nomes da mesma realidade, dois nomes de
Deus. Ainda hoje ressoam também estas palavras de são Paulo: “A caridade não se
ufana, não se ensoberbece, não é inconveniente, não procura o seu interesse,
não se irrita, não suspeita mal, não se alegra com a injustiça, mas rejubila
com a verdade” (1 Cor 13, 4-6). Crer em Deus significa renunciar aos
próprios preconceitos e acolher o rosto concreto no qual Ele se revelou: o
homem Jesus de Nazaré. E este caminho leva também a reconhecê-lo e a servi-lo
nos outros.
Nisto
é iluminante a atitude de Maria. Quem mais do que ela teve familiaridade com a
humanidade de Jesus? Mas nunca ficou escandalizada como os concidadãos de
Nazaré. Ela guardou no seu coração o mistério e soube acolhê-lo cada vez mais e
sempre de novo, no caminho da fé, até à noite da Cruz e à plena luz da
Ressurreição. Maria nos ajude também a nós a percorrer este caminho com
fidelidade e alegria.
Papa Bento XVI – 3 de
fevereiro de 2013
Hoje celebramos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário