terça-feira, 6 de março de 2018

06 de março - Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes? Mt 18,21


Quando Deus perdoa, o seu perdão é tão grande que é como se “se esquecesse”. Assim, uma vez que estamos em paz com Deus pela sua misericórdia, se perguntássemos ao Senhor: Mas te recordas daquela má ação que pratiquei? A resposta poderia ser: Qual? Não recordo...

Acontece o oposto daquilo nós fazemos e que emerge com frequências das nossas conversas: Mas este fez isto e aquilo... Nós não nos esquecemos e de muitas pessoas conservamos a história antiga, média, medieval e moderna. E isto porque não temos um coração misericordioso.

Pedro, o qual tinha ouvido o Senhor falar muitas vezes sobre perdão e misericórdia, não tinha compreendido plenamente o significado daquelas palavras. Portanto aproximou-se de Jesus e disse-lhe: Senhor, se meu irmão comete culpas contra mim, quantas vezes devo perdoar-lhe? Até sete vezes? Sete vezes: talvez lhe parecesse até generoso. Mas Jesus responde-lhe: Não te digo até sete, mas setenta vezes sete.

No Pai-Nosso, dizemos: Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido. Trata-se de uma equação, ou seja: Se tu não fores capaz de perdoar, como te poderá perdoar Deus? O Senhor quer perdoar-te, mas não poderá se tu tens o coração fechado, e a misericórdia não pode entrar. Alguém poderia objetar: Padre, eu perdoo mas não posso esquecer o que me fizeram... A resposta é: Pede ao Senhor que te ajude a esquecer. Contudo, se é verdade que se pode perdoar, mas esquecer nem sempre se consegue, certamente não se pode aceitar a atitude do perdoar e vais pagar. É preciso perdoar como Deus perdoa, o qual perdoa ao máximo.

Não é fácil perdoar, não é fácil, em muitas famílias há irmãos que discutem pela herança dos pais e não se falam; muitos casais que discutem e cresce o ódio e a família acaba destruída. Estas pessoas não são capazes de perdoar. Este é o mal.

Papa Francisco – 01 de março de 2016

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