Vamos partir do fim, isto é, da
alegria do coração do Pai, que diz: “Façamos
festa, porque este meu filho estava morto e voltou a viver, estava perdido e
foi encontrado”. Com estas palavras, o pai interrompeu o filho menor no
momento em que estava confessando sua culpa: “Não sou mais digno de ser chamado de teu filho…”. Mas. Esta
expressão é insuportável para o coração do pai, que se apressa em restituir ao
filho os sinais de sua dignidade: a bela roupa, o anel, os calçados. Jesus não
descreve um pai ofendido e ressentido, um pai que, por exemplo, diz ao filho:
“Você vai me pagar”: não, o pai o abraça, o espera com amor.
Ao contrário, a única coisa que o pai tem no coração é que este filho está
diante dele são e salvo e isto o faz feliz e faz festa. O acolhimento do filho
que retorna é descrito de maneira comovente: “Quando ainda estava distante, seu pai o viu, teve compaixão,
correu-lhe ao encontro, abraçou-o e beijou-o”. Quanta ternura; viu-o ao
longe: o que isso significa? Que o pai subia continuamente sobre o terraço para
observar a estrada e ver se o filho voltava; aquele filho que tinha aprontado
de tudo, mas o pai o aguardava. Que coisa mais bela a ternura do pai!
A misericórdia do pai é transbordante, incondicional, e se manifesta ainda
antes de o filho falar. Certo, o filho saber que errou e o reconhece: “Pequei… trata-me com um de teus
empregados”. Mas estas palavras se dissolvem diante do perdão do pai. O
abraço e o beijo de seu papai os fazem entender que sempre foi considerado
filho, apesar de tudo. É importante este ensinamento de Jesus: a nossa condição de filhos de Deus é fruto
do amor do coração do Pai; não depende de nossos méritos ou de nossas ações, e
portanto ninguém pode tirá-la, nem mesmo o diabo! Ninguém pode nos tirar esta
dignidade.
Papa Francisco – 11 de maio de
2016
Hoje celebramos:
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