O Evangelho deste quinto domingo de Quaresma conta
a ressurreição de Lázaro. É o ápice dos sinais prodigiosos realizados por
Jesus: trata-se de um gesto muito, demasiado grande, claramente divino para ser
tolerado pelos sumos sacerdotes, os quais, tendo sabido do fato, tomaram a
decisão de matar Jesus.
Lázaro já estava morto há três dias; e às irmãs
Marta e Maria Ele disse palavras que se gravaram para sempre na memória da
comunidade cristã. Jesus diz assim: Eu sou a ressurreição e a vida; quem
acredita em Mim, mesmo morrendo, viverá; todo aquele que vive e crê em Mim, não
morrerá eternamente.
Sobre esta Palavra do Senhor nós acreditamos
que a vida de quem crê em Jesus e segue os seus mandamentos, depois da morte
será transformada numa vida nova, plena e imortal. Assim como Jesus ressuscitou
com o próprio corpo, mas não voltou a uma vida terrena, também nós
ressurgiremos com os nossos corpos que serão transfigurados em corpos
gloriosos. Ele espera por nós junto do Pai, e a força do Espírito Santo, que O
ressuscitou, ressuscitará também quem estiver unido a Ele.
Jesus bradou em voz alta: Lázaro, sai
para fora! Este brado é dirigido a cada homem, porque todos estamos
marcados pela morte, todos nós. Ele convida-nos, quase nos ordena, que saiamos
do túmulo no qual os nossos pecados nos fizeram cair. Chama-nos insistentemente
a sair da escuridão da prisão na qual nos fechamos, contentando-nos com uma
vida falsa, egoísta, medíocre.
O gesto de Jesus que ressuscita Lázaro mostra
até onde pode chegar a força da Graça de Deus, e portanto até onde pode chegar
a nossa conversão, a nossa mudança. Mas reparai: não há limite algum à
misericórdia divina oferecida a todos! Recordai-vos bem desta frase. O Senhor
está sempre pronto a levantar a pedra do sepulcro dos nossos pecados, que nos
separa d’Ele, a luz dos vivos.
Papa Francisco – 06 de abril
de 2014
Hoje celebramos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário