quarta-feira, 4 de março de 2020

04 de março - Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. Lc 11,29


Mas qual é o sinal de Jonas? Na leitura de hoje Jesus promete o sinal de Jonas. Vamos refletir sobre outro pormenor que se deduz da narração evangélica: a síndrome de Jonas, que o profeta tinha no seu coração. Ele, não queria ir a Nínive e fugiu para a Espanha. Se eles são pecadores, que se arranjem; eu não tenho nada com isso! Esta é a síndrome de Jonas. E Jesus condena-a. Deus diz a Jonas: pobrezinhos, não distinguem a direita da esquerda, são ignorantes e pecadores. Mas Jonas continua a insistir: eles querem justiça! Eu observo todos os mandamentos; que façam o mesmo.

Eis a síndrome de Jonas que atinge os que não têm zelo pela conversão das pessoas, procuram uma santidade – desculpem que diga – uma santidade de lavandaria, isto é, bem engomada, bem feita, mas sem o zelo que nos leva a anunciar o Senhor. O Senhor diante desta geração, doente da síndrome de Jonas, promete o sinal de Jonas. A outra versão, a de Mateus, diz: mas Jonas esteve dentro de uma baleia por três noites e dias... Refere-se a Jesus no sepulcro, à sua morte e ressurreição. E este é o sinal que Jesus promete: contra a hipocrisia, contra esta atitude de religiosidade perfeita, contra esta atitude de um grupo de fariseus.

O sinal que Jesus promete é o seu perdão através da sua morte e ressurreição. O sinal que Jesus promete é a sua misericórdia, a que há tempos Deus pedia:  misericórdia e não sacrifícios. Portanto, o sinal verdadeiro de Jonas é aquele que nos dá a confiança de que seremos salvos pelo sangue de Cristo. Há muitos cristãos que pensam que só se salvam pelo que fazem, pelas suas obras. As obras são necessárias, mas são uma consequência, uma resposta ao amor misericordioso que nos salva. As obras sozinhas, sem este amor misericordioso, não são suficientes.

Papa Francisco – 15 de outubro de 2013

Hoje celebramos:


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