sexta-feira, 27 de março de 2020

27 de março - Alguns habitantes de Jerusalém disseram então: “Não é este a quem procuram matar? Jo 7,25


O Evangelho hoje nos fala que os doutores da Lei procuravam matar Jesus. Um dos motivos, são os ciúmes, pois o povo via Nele um Profeta que falava com autoridade. Os ciúmes são criminosos, procuram sempre matar. E para aqueles que dizem "sim, tenho inveja disso, mas não sou um assassino", recordemos: "Agora. Mas se você continuar, pode acabar mal". Porque se pode matar facilmente "com a língua, com a calúnia".
O invejoso murmura consigo mesmo, e não vê a realidade

Um ciúme que cresce falando consigo mesmo, interpretando as coisas com a chave do ciúme. Na murmuração consigo mesmo, o ciumento é incapaz de ver a realidade, e somente um fato muito forte pode abrir seus olhos. Foi assim na fantasia de Saul, o ciúme o levou a acreditar que Davi era um assassino, um inimigo.
Nós também, quando temos inveja, ciúmes, fazemos isto, eh! Cada um de nós pense: "Por que é que esta pessoa é insuportável para mim? Por que aquela outra nem sequer quero vê-la? Por que aquela outra..." Cada um de nós pense porquê. Muitas vezes procuramos o porquê e descobrimos que são fantasias nossas. Fantasias, que porém crescem naquela murmuração conosco mesmo.
E no final é uma graça de Deus quando o ciumento encontra uma realidade como ocorreu com Saul: o ciúme irrompe como uma bolha de sabão, porque o ciúme e a inveja não têm consistência.

Papa Francisco – 14 de março de 2013

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