Não podemos ler a parábola do Filho Prodigo, da
maneira que Lucas relata, sem que dentro de nós se inicie um processo de
mudança. O filho mais novo e o filho mais velho nos colocam diante da pergunta:
“Onde é que eu estou? Pareço com o mais novo ou com o mais velho? Ou com ambos?
Será que eu conheço bem esses dois lados dentro de mim?”
O tema dos dois irmãos aponta exatamente para a
polaridade interna de nossa alma. Temos dentro de nós o filho mais novo, que
gostaria de viver, simplesmente, sem olhar para leis e medidas. E temos dentro
de nós o irmão mais velho, o bem comportado, que se esforça para obedecer a todos
os mandamentos.
A parábola não levanta o dedo moralizante,
mandando que eu me converta e faça penitência. Não, Lucas narra a parábola de
Jesus de tal maneira que não posso deixar de me fazer estas perguntas: “Onde é
que eu me obstinei? Onde é que me alimentei com coisas vis? Será que me perdi?
Enquanto leio a parábola, meu coração me incita
a voltar para o pai, para lá onde estou realmente em casa.
Anselm Grün - Jesus Modelo do Ser Humano
Hoje celebramos:
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