Jesus deixou Nazaré, uma aldeia situada nos
montes, e estabeleceu-se em Cafarnaum, importante centro nas margens do lago,
habitado essencialmente por pagãos, ponto de cruzamento entre o Mediterrâneo e
o interior da Mesopotâmia. Esta escolha indica que os destinatários da sua
pregação não são apenas os seus conterrâneos, mas quantos desembarcam na
cosmopolita Galileia das gentes: assim se chamava. Vista da capital Jerusalém,
aquela terra é geograficamente periférica e religiosamente impura, porque
estava cheia de pagãos, por causa da mistura com os que não pertenciam a
Israel. Da Galileia não se esperavam certamente grandes coisas para a história
da salvação. No entanto, precisamente dali — exatamente dali — se espalha a luz
de Cristo. Difunde-se precisamente da periferia.
A mensagem de Jesus, anuncia o reino dos céus.
Este reino não comporta a instauração de um novo poder político, mas o
cumprimento da aliança entre Deus e o seu povo que inaugurará uma época de paz
e de justiça. Para realizar este pacto de aliança com Deus, cada um está
chamado a converter-se, transformando a sua maneira de pensar e de viver.
Isto é importante: converter-se não significa
só mudar o modo de viver, mas também a forma de pensar. É uma transformação do
pensamento. Não se trata de mudar de roupa, mas de costumes.
Jesus escolhe ser um profeta itinerante. Não
fica à espera das pessoas, mas vai ao seu encontro. O Senhor revela-se a nós
não de forma extraordinária ou sensacional, mas na simplicidade das nossas
vidas. Ali devemos encontrar o Senhor; e ali Ele revela-se, faz sentir ao nosso
coração o seu amor; e ali — com este diálogo com Ele no dia a dia da vida — muda
o nosso coração.
Papa Francisco – 22 de janeiro
de 2017
Hoje celebramos:
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