O Evangelho nos convida a reconhecer Jesus como
nosso Salvador. Podemos edificar um monte de coisas, mas se não confessarmos
Jesus Cristo, está errado. Seremos uma ONG sócio-caritativa, mas não a Igreja,
Esposa do Senhor. Quando não se caminha, ficamos parados. Quando não se edifica
sobre as pedras, que acontece? Acontece o mesmo que às crianças na praia quando
fazem castelos de areia: tudo se desmorona, não tem consistência. Quando não se
confessa Jesus Cristo, faz-me pensar nesta frase de Léon Bloy: “Quem não
reza ao Senhor, reza ao diabo”. Quando não confessa Jesus Cristo,
confessa o mundanismo do diabo, o mundanismo do demônio.
Caminhar, edificar-construir, confessar. Mas a
realidade não é tão fácil, porque às vezes, quando se caminha, constrói ou
confessa, sentem-se abalos, há movimentos que não são os movimentos próprios do
caminho, mas movimentos que nos puxam para trás.
Seguir Jesus implica a Cruz. Quando caminhamos
sem a Cruz, edificamos sem a Cruz ou confessamos um Cristo sem Cruz, não somos
discípulos do Senhor: somos mundanos, somos bispos, padres, cardeais, papas,
mas não discípulos do Senhor.
Eu queria que, depois destes dias de graça,
todos nós tivéssemos a coragem, sim a coragem, de caminhar na presença do
Senhor, com a Cruz do Senhor; de edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor,
que é derramado na Cruz; e de confessar como nossa única glória Cristo Crucificado.
E assim a Igreja vai para diante.
Faço votos de que, pela intercessão de Maria,
nossa Mãe, o Espírito Santo conceda a todos nós esta graça: caminhar, edificar,
confessar Jesus Cristo Crucificado. Assim seja.
Papa Francisco – 14 de
março de 2013
Hoje celebramos:
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