O evangelista narra que um doutor da Lei,
dirigiu a Jesus esta pergunta: Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? É uma
pergunta insidiosa, porque na Lei de Moisés são mencionados mais de seiscentos
preceitos. Como distinguir, entre todos, o grande mandamento? Mas Jesus não
hesita e responde: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma
e de todo teu espírito. E acrescenta: Amarás teu próximo como a ti mesmo.
Esta resposta de Jesus não é óbvia, porque,
entre os múltiplos preceitos da lei judaica, os mais importantes eram os dez
Mandamentos, comunicados diretamente por Deus a Moisés, como condições do pacto
de aliança com o povo. Mas Jesus quer que compreendamos que sem o amor a Deus e
ao próximo não há verdadeira fidelidade a esta aliança com o Senhor. Podes
fazer muitas coisas boas, cumprir tantos preceitos, tantas coisas boas, mas se
não tiveres amor, isto não serve.
Respondendo a estes fariseus que o tinham
questionado, Jesus tenta também ajudá-los a pôr ordem na sua religiosidade, a
estabelecer de novo o que conta realmente e o que é menos importante. Jesus
diz: Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas. São os mais
importantes, e os outros dependem destes dois. E Jesus viveu precisamente assim
a sua vida: pregando e fazendo o que conta realmente e é essencial, ou seja, o
amor. O amor dá impulso e fecundidade à vida e ao caminho de fé: sem amor, quer
a vida quer a fé permanecem estéreis.
O que Jesus propõe nesta página evangélica é um
ideal maravilhoso, que corresponde ao desejo mais autêntico do nosso coração.
Com efeito, fomos criados para amar e ser amados. Deus, que é Amor, criou-nos
para nos tornarmos partícipes da sua vida, para sermos amados por Ele, para o
amar e para amar juntamente com Ele todas as pessoas. Este é o “sonho” de Deus
para o homem.
Papa Francisco - 29 de outubro de 2017
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