Jesus, no Evangelho de hoje nos fala que nenhum
profeta é bem aceito pelo seu povo, que o viu crescer. Com efeito, depois de
Jesus, com quase trinta anos, ter deixado Nazaré e já há algum tempo pregava e
fazia curas noutras partes, regressou uma vez à sua terra e pôs-se a ensinar na
sinagoga. Os seus concidadãos ficaram admirados pela sua sabedoria e,
conhecendo-o como o filho de Maria, o carpinteiro que viveu no meio deles, em
vez de o receber com fé ficaram escandalizados com Ele. Este fato é
compreensível, porque a familiaridade a nível humano torna difícil ir além e
abrir-se à dimensão divina. Eles têm dificuldade de acreditar que este Filho de
um carpinteiro seja Filho de Deus.
O próprio Jesus dá como exemplo a experiência
dos profetas de Israel, que precisamente na sua pátria tinham sido objeto de
desprezo, e identifica-se com eles. Devido a este fechamento espiritual, Jesus
não pôde realizar em Nazaré milagre algum. Apenas curou alguns enfermos,
impondo-lhes as mãos. Com efeito, os milagres de Cristo não são uma exibição de
poder, mas sinais de amor de Deus, que se realiza onde encontra a fé do homem
na reciprocidade. Escreve Orígenes: Do mesmo modo que para os corpos existe
uma atração natural da parte de uns para com os outros, como o ferro atrai o imã...
também tal fé exerce uma atração sobre o poder divino.
Papa Bento XVI – 08 de
julho de 2012
Hoje celebramos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário