Mas qual é o sinal de Jonas? Na leitura de hoje
Jesus promete o sinal de Jonas. Vamos refletir sobre outro pormenor que se
deduz da narração evangélica: a síndrome de Jonas, que o profeta tinha no seu
coração. Ele, não queria ir a Nínive e fugiu para a Espanha. Se eles são
pecadores, que se arranjem; eu não tenho nada com isso! Esta é a síndrome de
Jonas. E Jesus condena-a. Deus diz a Jonas: pobrezinhos, não distinguem a
direita da esquerda, são ignorantes e pecadores. Mas Jonas continua a insistir:
eles querem justiça! Eu observo todos os mandamentos; que façam o mesmo.
Eis a síndrome de Jonas que atinge os que não
têm zelo pela conversão das pessoas, procuram uma santidade – desculpem que
diga – uma santidade de lavandaria, isto é, bem engomada, bem feita, mas sem o
zelo que nos leva a anunciar o Senhor. O Senhor diante desta geração,
doente da síndrome de Jonas, promete o sinal de Jonas. A outra versão, a de
Mateus, diz: mas Jonas esteve dentro de uma baleia por três noites e dias...
Refere-se a Jesus no sepulcro, à sua morte e ressurreição. E este é o sinal que
Jesus promete: contra a hipocrisia, contra esta atitude de religiosidade
perfeita, contra esta atitude de um grupo de fariseus.
O sinal que Jesus promete é o seu perdão
através da sua morte e ressurreição. O sinal que Jesus promete é a sua
misericórdia, a que há tempos Deus pedia: misericórdia e não sacrifícios.
Portanto, o sinal verdadeiro de Jonas é aquele que nos dá a confiança de que
seremos salvos pelo sangue de Cristo. Há muitos cristãos que pensam que só se
salvam pelo que fazem, pelas suas obras. As obras são necessárias, mas são uma
consequência, uma resposta ao amor misericordioso que nos salva. As obras
sozinhas, sem este amor misericordioso, não são suficientes.
Papa Francisco – 15 de
outubro de 2013
Hoje celebramos:
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